Terça-feira, 19 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 9 de janeiro de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Desde 2010, pesquisas mostram o descrédito de jovens que entram no mercado de trabalho com a Previdência Social. Muitos perguntam aos entrevistadores: “Se tiver que pagar, quero saber quanto vou perder…”.
Os escândalos, a falta de transparência e a redução gradativa no valor das aposentadorias fazem com que tentem escapar da contribuição compulsória. A diminuição na entrada de recursos levará o sistema à falência.
É um dos motivos que faz o ministro da Economia, Paulo Guedes, incluir como alternativa o regime de capitalização na reforma da Previdência. Foi proposta não só de Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral, mas também de Geraldo Alckmin, Álvaro Dias, Ciro Gomes e Marina Silva.
Como funciona
No regime de capitalização, o trabalhador deposita a contribuição mensal numa conta bancária individual que, no futuro, sustentará o seu benefício previdenciário. Dessa forma, durante o período em que está em atividade, acumula o montante de recursos necessários para sua aposentadoria. É também chamado de regime de pré-financiamento. Se adiante governos vierem a jogar dinheiro da Previdência no ralo, como fizeram em décadas passadas, a insanidade não afetará individualmente o contribuinte.
Vai suar a camiseta
Anúncios do governo, entre outros, que foram desmentidos: mudança da idade mínima para aposentadoria, juros mais altos na compra da casa própria pela Caixa Federal, redução na alíquota do Imposto de Renda e aumento da retenção do tributo em operações financeiras. Explica-se o motivo pelo qual está difícil encontrar um porta-voz para o Palácio do Planalto.
A memória é curta
O governo Bolsonaro não é o primeiro nem o único. A 9 de janeiro de 1995, o presidente Fernando Henrique Cardoso, logo após a posse, pediu aos ministros que não tornassem públicas as divergências. Recomendação dada na reunião do Conselho de Governo. Acrescentou que não usassem a imprensa “para fazer fofoca”. Seis ministros já tinham se desentendido por meio de entrevistas a repórteres.
Derrubando barreiras
O nome do dia foi Carlos da Costa, secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade. Declarou ontem o que governos anteriores não ousaram: “Está proibido discutir subsídios, proteção e mais gastos públicos. Precisamos deixar as empresas produzir, tirar o peso das regulações excessivas e das inseguranças jurídicas”.
Em locais visíveis
Em três semanas chegarão ao Palácio Piratini fotos oficiais de Jair Bolsonaro com a faixa presidencial para serem distribuídas nas secretarias, fundações e empresas estatais. A formalidade surgiu por decreto em 1910, quando o presidente da República era Hermes da Fonseca.
Sonha alto
O novo governador do Rio de Janeiro, ex-juiz Wilson Witzel, mandou fazer uma faixa que usou na cerimônia de posse. Hoje, vai tirar foto com o adorno e mandar afixar nas repartições estaduais. Seu sonho é a faixa presidencial e por isso concorrerá em 2022. Outros 16 Estados têm o mesmo ritual. O Rio Grande do Sul não consta da lista.
Faz eco
A senha repetida todos os dias no Palácio Piratini: não há espaço para errar.
Para poder respirar
O governo de Minas Gerais estava com 443 milhões de reais retidos por ordem judicial, após deixar de pagar prestações devidas ao Banco do Brasil. Diante da situação de penúria no Estado, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, mandou ontem desbloquear.
Repete-se, em dose bem menor, a generosidade do Supremo com o Rio Grande do Sul, ao suspender o repasse de parcelas da dívida com a União.
Solidariedade
Os hospitais Sírio-Libanês e Maimônides Day darão suporte à intervenção da Santa Casa de Uruguaiana pela prefeitura municipal.
Está comprovado
Em política, a desordem dos fatores altera o produto.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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