Segunda-feira, 20 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de janeiro de 2019
O Ibovespa, principal indicador da Bolsa brasileira, subiu nesta sexta-feira (18) e renovou seu patamar recorde de fechamento ao superar os 96 mil pontos. O mercado continuou repercutindo o otimismo sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China, bem como as expectativas para a proposta de reforma da Previdência no Brasil.
O Ibovespa avançou 0,78%, a 96.096 pontos. Na máxima, foi a 96.395 pontos e, na mínima, chegou a 95.386 pontos. Na semana, a bolsa acumulou alta de 2,6%. Em 2019, o avanço já é de 9,34%.
No exterior, os pregões ainda repercutiram a notícia do Wall Street Journal da véspera, de que o governo dos EUA estaria considerando flexibilizar tarifas de importações chinesas, mesmo após a negativa do Departamento do Tesouro, destacou a Reuters.
“Qualquer evidência de que os EUA e a China estejam próximos de um acordo comercial resultará em um movimento sustentado mais alto nos ativos de risco”, afirmou à agência o analista Jasper Lawler, chefe de pesquisa no London Capital Group.
Ele ponderou, contudo, que não é a primeira vez que aparecem relatos de alívio nas tensões comerciais, assim, apesar da reação positiva, o mercado deve embutir algum nível de cautela.
As tensões comerciais vêm pressionando o ânimo de investidores há meses e representam um obstáculo significativo para o crescimento chinês e a economia global, com preocupações crescentes também sobre o impacto em empresas dos EUA.
Para a equipe da corretora Ágora, o bom humor externo combinado com notícias de que a nova equipe econômica vai defender uma agenda pró-mercado em Davos, na Suíça, deve continuar ajudando o Ibovespa se sustentar em níveis recordes.
De acordo com a Reuters, é esperado que o ministro da Economia, paulo Guedes, replique no Fórum Econômico Mundial os pontos que abordou em seu discurso de posse, sendo a reforma da Previdência o primeiro pilar da agenda econômica do país a ser apresentada.
Destaques
A Vale teve alta com o avanço dos preços do minério de ferro na China e de papéis de mineradoras na Europa, em meio a apostas de que Washington e Pequim estão se esforçando para chegar a um acordo comercial.
A Petrobras subiu acompanhando a alta do petróleo no exterior, com o noticiário incluindo que a reguladora ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) aprovou pagamento adicional empresa de R$ 622,5 milhões em subvenção ao diesel fóssil.
Outro destaque de alta foi a Eletrobras, tendo no radar anúncio pela elétrica de controle estatal de nova rodada de seu Plano de Demissão Consensual, com o objetivo gerar uma economia anual de R$ 574 milhões.
Já a Embraer foi destaque de baixa, afetada pela frustração de agentes financeiros com previsões divulgadas pela fabricante de aviões nesta semana.