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Por Redação O Sul | 26 de janeiro de 2019
Um ônibus foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros na região próxima à barragem rompida da Vale em Brumadinho, na manhã deste sábado (27). Todos os que estavam no coletivo eram funcionários da empresa e morreram, segundo o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros.
“Como é um local de difícil acesso e precisamos de um maquinário especial para acessar essa estrutura e retirar essas vítimas, ainda não fechamos o número de óbitos. Mas esse número de óbitos, ele irá aumentar”, destacou ele. Antes da nova informação, 9 mortes haviam sido confirmadas.
Famílias achadas vivas
No bairro Cachoeira, 15 famílias que estavam ilhadas foram resgatadas pelos Bombeiros. Cerca de 60 pessoas estavam sem sinal de telefone e, por isso, não conseguiam contato. O resgate foi feito com auxílio de helicópteros. Centenas de pessoas seguem desaparecidas.
Bombeiros buscam sobreviventes em quatro áreas
Cerca de quarenta bombeiros trabalham em quatro pontos da região de Brumadinho, onde uma barragem de rejeitos da mineradora Vale se rompeu, na expectativa de encontrar sobreviventes da tragédia. De acordo com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, coronel Edgard Estevo da Silva, os locais incluem um ônibus e uma locomotiva já localizados, um prédio próximo ao restaurante da Vale e também a comunidade Parque das Cachoeiras.
Durante coletiva de imprensa na manhã deste sábado (26), o comandante explicou que 14 aeronaves fazem o trabalho de busca e resgate de vítimas, incluindo helicópteros da Polícia Militar e da Polícia Civil de Minas Gerais e da Força Aérea Brasileira, além de uma aeronave cedida pelo Estado do Rio de Janeiro.
A partir da próxima segunda-feira (28), cães farejadores devem passar a auxiliar os trabalhos na região onde os rejeitos da barragem foram derramados. Também a partir da próxima semana, tecnologia colocada à disposição pelo governo de Israel poderá ser empregada na localização, por imagem, de corpos que se encontram submersos na lama. O oferecimento foi feito pelo governo israelense ao presidente Jair Bolsonaro, que aceitou a ajuda.
Área estabilizada
De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Minas Gerais, Evandro Geraldo Ferreira Borges, a área considerada crítica na região já está estabilizada, mas a barragem VI, com água, localizada ao lado da que se rompeu, está sendo monitorada de forma constante “em face do risco de rompimento”.
Borges destacou que a tragédia em Brumadinho representa cerca de um quarto do que aconteceu em Mariana (MG) há três anos, quando uma barragem de rejeitos também se rompeu. Entretanto, o número de mortos, desta vez, deve ser maior, já que os 13 milhões de metros cúbicos de rejeitos atingiram, além da área administrativa da mineradora, a populações ribeirinhas e moradores da região.