Domingo, 19 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de janeiro de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O recado da General Motors ontem foi claro: a empresa quer reverter uma sequência de balanços com rentabilidade cada vez menor no Brasil. Para isso, foi apresentada ontem, através de uma teleconferência para sindicalistas e gestores públicos, uma pauta com 21 medidas que alteram pontos do acordo coletivo em vigor até este ano. O encontro foi na manhã desta segunda-feira. A GM foi clara: só permanece no Rio Grande do Sul e no Brasil, se ocorrer uma ampliação dos benefícios fiscais e redução de custos. Caso contrário, a empresa deixa o país. A GM tem a fábrica de automóveis em Gravataí (RS) e duas fábricas de autopeças em Mogi das Cruzes e Joinville (SC).
Pontos importantes
A GM, dentro da estratégia de aumentar a rentabilidade, quer implantar a redução do piso salarial e da participação nos resultados, a terceirização em todas as áreas e aumento da jornada de trabalho.
Eduardo Leite se movimenta
O governador Eduardo Leite fez um movimento importante ontem, para buscar um diálogo com a direção da General Motors. O governador vê espaço para negociar os pontos sugeridos pela empresa. E certamente não deseja que o seu governo seja marcado pela saída da GM.
O mistério da folha
Faltando 48 horas para o pagamento da folha de janeiro dos servidores do Executivo, o governo não deu qualquer pista sobre como será o cronograma deste mês. Especula-se sobre o pagamento em três lotes, acompanhando os picos de receita de impostos. Por ora, a única certeza é a de que apenas os servidores do Judiciário, Legislativo, Ministério Publico e Tribunal de Contas receberão seus vencimentos dia 31.
Paulo Pimenta: uma encrenca de R$ 12 milhões
Foi iniciativa do próprio primo do deputado federal Paulo Pimenta escancarar para a imprensa o tamanho do problema que lhe teria sido repassado envolvendo negócios nebulosos com arroz. Antonio Pimenta, proprietário de uma arrozeira, atribui ao primo a responsabilidade por uma dívida estimada em R$ 12 milhões, decorrente de um esquema de fraude que lesou diversos produtores em São Borja e na região. O escândalo foi revelado ontem pelo jornalista Giovani Grizzotti, da RBS. O deputado rebate, dizendo que vem sendo vítima de estelionatários.
Investigação vem pra o primeiro grau
Esta investigação envolvendo Paulo Pimenta tem origem em 2009,e encontrava-se parada no Supremo Tribunal Federal pela prerrogativa de foro. Com a nova legislação, que tirou o foro privilegiado para crimes praticados fora do exercício do mandato, a investigação foi remetida para o primeiro grau, na Vara Federal de Uruguaiana.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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