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Por Redação O Sul | 29 de janeiro de 2019
Mais corpos foram encontrados nesta terça-feira (29) – 5º dia de buscas após a tragédia provocada pelo rompimento de uma barragem da mineradora Vale em Brumadinho –, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG).
Até o momento, há 65 mortes confirmadas – 31 vítimas foram identificadas. Autoridades dizem que a quantidade de mortos deve aumentar. Há também 288 pessoas desaparecidas.
Os corpos retirados nesta terça são, provavelmente, de pessoas que estavam no refeitório da Vale, segundo o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. Em entrevista no início da tarde, ele afirmou que os corpos foram encontrados a uma distância que fica entre 800 metros e 1 km de ponto onde se localizava o refeitório.
Lá, estaria a maior parte das vítimas do rompimento da barragem. De acordo com a Vale, cerca de 600 empregados estavam no refeitório e no prédio administrativo no momento do acidente.
Mais tarde, o coronel Erlon Dias do Nascimento afirmou que, como o volume de lama baixou bastante em alguns pontos, já é possível visualizar alguns corpos ou “segmentos de corpos”.
A barragem de rejeitos, que ficava na mina do Córrego do Feijão, se rompeu na última sexta-feira (25). O mar de lama varreu a comunidade local e parte do centro administrativo e do refeitório da Vale. Entre as vítimas, estão moradores e funcionários da Vale. A vegetação e rios foram atingidos.
Das 31 vítimas já identificadas, 18 eram funcionários da Vale e 13, terceirizados ou moradores da comunidade. Entre os desaparecidos, 114 são funcionários da mineradora e 174 são terceirizados ou moradores da região atingida pela lama.
Buscas
As buscas nesta terça começaram pouco depois das 6h. Segundo o Corpo de Bombeiros, a operação desta deve priorizar a área em que possivelmente ficava o refeitório onde almoçavam funcionários da Vale no momento da tragédia.
As equipes usam helicóptero para fazer o transporte dos corpos retirados da lama.
Participam dos trabalhos 290 militares, sendo 120 de Minas Gerais e os outros de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás e Alagoas. Em nota, os Bombeiros de Minas Gerais afirmaram que os militares israelenses também atuam na chamada “área quente”.
De acordo com Aihara, a tropa da ajuda oferecida por Israel trouxe equipamentos para mapeamento de celulares, sonares, radar que detecta o tipo de material que está no local e drones ligados a satélites para mapear a área atingida. Um dos equipamentos israelenses é capaz de encontrar pessoas com vida a 30 metros de profundidade.