Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 29 de janeiro de 2019
A Apple anunciou nesta terça-feira (29) que as vendas para o segundo trimestre fiscal devem ser mais baixas do que Wall Street esperava, um sinal de que continua a enfrentar fraca demanda por seu iPhone, especialmente na China, o maior mercado de smartphones do mundo. A empresa registrou uma queda de 15% na venda de iPhones. As informações são da agência de notícias Reuters.
O presidente-executivo da companhia, Tim Cook, que está em contato regular com o presidente dos EUA, Donald Trump, disse à Reuters que espera que as tensões entre o país e a China tenham diminuído, e que a empresa esteja avaliando seus preços em moeda local na China e em outros mercados internacionais, o que pode impulsionar as vendas.
A Apple disse esperar receita entre 55 bilhões e 59 bilhões de dólares no trimestre atual que termina em março, ante estimativa média dos analistas de 58,83 bilhões, segundo dados do IBES da Refinitiv.
Para o trimestre concluído em dezembro, a Apple registrou receita de 84,3 bilhões de dólares, um pouco acima da estimativa média dos analistas de 84 bilhões. A Apple alertou no início de janeiro que as vendas do trimestre ficariam abaixo da previsão fornecida em novembro.
A Apple reportou lucro por ação de 4,18 dólares para o trimestre encerrado em dezembro, ante estimativa média de Wall Street de 4,17 dólares, segundo dados da Refinitiv.
A empresa disse que a receita de serviços como Apple Music, App Store e outros alcançou 10,8 bilhões de dólares, em linha com as estimativas de Wall Street. A margem bruta de serviços atingiu 63 por cento.
Segundo a empresa, agora tem 360 milhões de assinantes para seus próprios serviços e de terceiros e estabeleceu uma meta para expandir essa para 500 milhões até o fim de 2020. Ele disse que a empresa agora tem 1,4 bilhão de dispositivos ativos, aumento de 100 milhões em relação ao ano anterior, e que 900 milhões deles são iPhones.
A receita do iPhone da Apple diminuiu 15% ano a ano, para 51,9 bilhões de dólares. Cook afirmou que a fraqueza econômica da China prejudicou as vendas do iPhone no país.
Ele disse que a Apple está repensando preços do iPhone fora os EUA após em grande parte fixar o preço em dólares americanos, o que tornou os telefones mais caros em moedas locais.
Problema de software
Apple vai resolver um problema de software nesta semana envolvendo uma falha que permite a usuários do iPhone ouvir áudio de usuários que não aceitaram uma chamada por vídeo.
O bug, que a Reuters conseguiu replicar, permite que um usuário do iPhone faça uma chamada de vídeo por meio do aplicativo FaceTime e ouça os sons ao redor do aparelho do destinatário da chamada mesmo que ele não tenha atendido a ligação. A falha parece estar relacionada ao recurso de chamadas em vídeo em grupo.
Em certas situações, a falha também consegue permitir a transmissão de vídeo e áudio do aparelho do destinatário da chamada, publicou o site de tecnologia Verge.
“Estamos cientes do problema e identificamos uma solução que será liberada na forma de uma atualização de software nesta semana”, afirmou um porta-voz da Apple.
O recurso de chamadas em grupo do FaceTime foi temporariamente desativado por causa do problema, informou a Apple.
A companhia norte-americana anunciou o recurso de chamada em grupo no ano passado, mas então removeu a funcionalidade de versões iniciais do sistema operacional iOS 12. A companhia lançou a função em outubro.