Por Redação O Sul | 31 de janeiro de 2019
A reforma da Previdência, a apresentação de uma lei anticrime e a revisão da lei de segurança de barragens serão os três principais temas que o presidente Jair Bolsonaro deve abordar em sua mensagem ao Congresso Nacional, que será lida aos deputados e senadores no próximo dia 7, anunciou o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros. O documento é apresentado aos parlamentares e indica as prioridades do governo no ano legislativo.
Segundo Rêgo Barros, ainda não há uma data certa para a apresentação da reforma, principal desafio do governo Bolsonaro durante o primeiro semestre. Segundo o porta-voz, Bolsonaro está identificando todas as possibilidades seja para os militares, seja para funcionários de outras carreiras. O momento atual, disse, seria de avaliação da estratégia de apresentação do documento.
“Essa questão se ao mesmo tempo, um pouco antes, um pouco depois, é tudo uma questão de decisão do presidente junto com o Congresso e seus ministros”, disse.
Na Mensagem ao Congresso, Bolsonaro irá propor, segundo o porta-voz, uma Previdência “mais humana, mais justa, que não retira direitos e restabeleça o equilíbrio fiscal”. Rêgo Barros não detalhou, no entanto, a proposta e tampouco sobre a lei anticrime e a revisão da lei de segurança de barragens. O presidente também deve destacar o que chamou de “gargalos logísticos” que, na visão do presidente, atrapalharia o setor produtivo.
Durante esta quinta-feira (31), o presidente recebeu o subchefe de assuntos jurídicos Jorge Antônio de Oliveira Francisco, onde assinou três decretos sobre a reestruturação de cargos dos ministérios da Economia, da Casa Civil e da Controladoria-Geral da União. Apesar da recomendação dos médicos para que o presidente evite falar nos dias após a cirurgia, Bolsonaro conversou com Oliveira Francisco.
“O presidente é difícil, ele já está falando. A despeito do médico dizer para ele ficar calado, ele já está falando”, disse Rêgo Barros.
Lama de Brumadinho
Em relação a Brumadinho, o porta-voz anunciou que, segundo o ministério de Minas e Energia que a pluma de sedimentos da barragem chegou a 95 quilômetros de distância, até a cidade de São José da Varginha.
Rêgo Barros também anunciou que as empresas de telefonia móvel que atuam na região cumpriram decisões judiciais que determinaram a quebra do sigilo dos celulares que se comunicaram com a estação base a partir das coordenadas próximas ao acidente.
Os dados poderão auxiliar nas buscas sendo realizadas no local porque os dados restringiram a área de busca com base na localização dos aparelhos. Além disso, as empresas compartilharam dados como nome, CPF e os e-mails vinculados aos aparelhos celulares.
Segundo o porta-voz, os soldados da Força de Defesa Israelense, enviadas pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu voltaram ao seu país nesta quinta.
