Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
31°
Fair

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil E-mail entregue pela empreiteira Camargo Corrêa fala sobre as estratégias e os preços que seriam apresentados pelo cartel que rateou licitação da usina Angra 3

Compartilhe esta notícia:

Investigação verifica conluio na licitação para obras da usina nuclear Angra 3. (Foto: Reprodução/Eletronuclear)

E-mail entregue pela empreiteira Camargo Corrêa ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) citou conversas de executivos de construtoras com a Eletronuclear sobre as estratégias e os preços que seriam apresentados pelo cartel que rateou licitação de Angra 3, formado pelas construtoras Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Odebrecht e UTC Engenharia.

As tratativas são de novembro de 2013, dois meses antes da licitação. Funcionários da Eletronuclear teriam orientado os executivos suspeitos de formar o cartel a produzir uma proposta na qual somente um dos consórcios levaria os dois lotes em disputa. O acerto era que, posteriormente, o grupo desistiria de um dos lotes, repassando-o às outras integrantes do esquema para aumentar o preço do contrato o máximo possível.

Além das quatro empreiteiras, são apontadas como participantes do esquema a Queiroz Galvão, a EBE (Empresa Brasileira de Engenharia) e a Techint. Elas foram delatadas pela Camargo Corrêa, que firmou um acordo com o Cade para colaborar com a investigação de conluio nas obras de Angra 3, em troca de punição menor.

Hierarquia
Conforme o relatório, havia uma hierarquia no cartel. Os executivos que atuavam no altíssimo escalão, fixando preços e dividindo o mercado, eram Flávio David Barra (Andrade Gutierrez Energia), preso na semana passada pela PF (Polícia Federal) por suposto envolvimento nos desvios em Angra 3; Dalton Avancini (Camargo Corrêa), que colabora com o conselho; Fábio Andreani Gandolfo (Odebrecht); Petrônio Braz Junior (Queiroz Galvão), Ricardo Ourique Marques (Techint) e Renato Ribeiro Abreu (EBE), além do dono da UTC, Ricardo Pessoa.

No nível alto escalão, Antônio Carlos D’Agosto Miranda (UTC) e Henrique Pessoa Mendes Neto (Odebrecht) fariam os contatos políticos, inclusive com o almirante Othon Luiz Pinheiro, então chefe da Eletronuclear.

Procurada, a Eletronuclear informou que não teve acesso ao processo. Ourique Marques, da Techint, afirmou que o que tinha para falar já “foi dito à Justiça”. A Andrade e a Queiroz Galvão negaram irregularidades. A Odebrecht alegou não ter conhecimento do acordo com o Cade. Os executivos citados não foram localizados ou não responderam sobre o caso. (AE)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Empreiteiras que pagaram 4 milhões de reais ao presidente da Eletronuclear fecharam contratos de 4 bilhões de reais com a empresa
Procuradores querem saber por que a firma do almirante ganhou 4 milhões de reais de empreiteiras que trabalham para a Eletronuclear
https://www.osul.com.br/e-mail-entregue-pela-empreiteira-camargo-correa-fala-sobre-as-estrategias-e-os-precos-que-seriam-apresentados-pelo-cartel-que-rateou-licitacao-da-usina-angra-3/ E-mail entregue pela empreiteira Camargo Corrêa fala sobre as estratégias e os preços que seriam apresentados pelo cartel que rateou licitação da usina Angra 3 2015-08-03
Deixe seu comentário
Pode te interessar