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Brasil Onyx Lorenzoni diz que quem aposta na briga dele com Rodrigo Maia “vai perder”

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Rodrigo Maia (E) e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, começaram a negociar o desbloqueio de emendas parlamentares. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, minimizou na manhã desta segunda-feira (4) os atritos recentes que teve com o presidente reeleito da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “Quem apostar na nossa briga, vai perder”, disse o ministro em entrevista à Rádio Jovem Pan.

“Eu fui liderado pelo Rodrigo e fui líder do Rodrigo na Câmara. A gente tem uma relação, que claro no episódio das dez medidas contra a corrupção (relatadas pelo ministro), ficou sim algumas pequenas dificuldades. Mas nada que esta longa relação, de quase 20 anos, não permita que a gente almoce juntos, inclusive amanhã”, afirmou.

Questionado sobre quem mais estaria presente no almoço, Lorenzoni disse que “talvez” o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O ministro atacou ainda o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que se retirou da disputa ao comando da Casa e disparou críticas a aliados do governo.

“A gente tem de ter clareza que o objetivo de Renan Calheiros com o Partido dos Trabalhadores era fazer da presidência do Senado um bunker, uma cidadela de resistência ao governo de Jair Bolsonaro”, disse.

Sobre a resistência que Renan poderia representar, Lorenzoni ponderou: “ele perdeu a cadeira e a caneta, e claro que tem menos poder. Mas a gente não tem ilusão que o PT e alguns dos seus aliados vão nos dar folga tanto na Câmara quanto no Senado”, disse.

Em entrevista ao blog da jornalista Andréia Sadi, Onyx Lorenzoni atribuiu a vitória de Alcolumbre ao sentimento de mudança pela “nova política” no Senado, assim como aconteceu nas eleições presidenciais. Afirmou que Renan Calheiros – que está na mira de investigações – o chamou para a briga algumas vezes, mas que ele não foi “porque sabe o seu lugar” de ministro. “Se eu fosse deputado, eu já tinha ido”, afirmou.

Onyx admite que ajudou Davi, mas nega que o governo tenha interferido com a máquina. “Ganhamos na política. Se Renan tivesse ganhado, ia ser com o PT. Ele não esperava o Davi como candidato, o homem certo na hora certa. Davi tem essa habilidade com os colegas, uma espécie de ‘Jair Bolsonaro do Senado’. Ele é um craque das relações, não tem ninguém que não goste dele. Aí, um dia o Davi ganhou do Golias”, disse.

O ministro afirma não temer a oposição de Renan, se o emedebista quiser se vingar do governo no plenário, durante votações: “Vamos para o enfrentamento, isso é democracia”, disse. Na avaliação do ministro, ganhou a nova política. “A derrota dele vai fazer bem para o País, ele estava junto ao PT há quanto tempo? Pois bem. O Senado se reencontrou com as ruas”, analisou.

Perguntado se a concentração de poder do DEM – que agora comanda as duas Casas Legislativas – poderá incomodar aliados e prejudicar o governo, o ministro respondeu: “No caso do Rodrigo Maia, foi maior do que o DEM. Tanto que ele ganhou com votos de esquerda, ele é muito articulado e respeita muitas divergências. Então, tem essa qualidade de conseguir votos de diferentes áreas. Sobre o resto: o MDB comandou o Senado por duas décadas e ninguém falou nada”.

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