Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 11 de fevereiro de 2019
O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, comemorou a melhora no quadro de saúde do presidente Jair Bolsonaro e contou nesta segunda-feira (11) uma curiosa conversa telefônica que teve com ele no sábado (9). Mourão disse que trocava uma mensagem por WhatsApp com o presidente quando este lhe telefonou logo em seguida brincando se o vice queria lhe matar.
“No sábado eu estava lá no Rio de Janeiro, aí ele tinha me mandado uma mensagem e eu respondi para ele que eu estava indo para um churrasco da minha turma. Aí 30 segundos depois ele me liga: ‘Quer me matar?’ Eu perguntei: Por quê? Ele respondeu: Eu nessa situação e você indo em churrasco!”, disse Mourão, rindo do episódio.
O vice comemorou a evolução na saúde do presidente e disse que as decisões sobre temas importantes de governo, como a reforma da Previdência, estão no aguardo do retorno de Bolsonaro a Brasília. “O presidente está praticamente quase bom”, disse Mourão, em rápida entrevista na saída da vice-presidência.
Melhora clínica
O presidente Jair Bolsonaro evolui com melhora clínica progressiva e recebeu alta da unidade de terapia semi-intensiva para o apartamento no Hospital Israelita Albert Einstein na manhã desta segunda (11), segundo o boletim médico divulgado pela assessoria de imprensa do hospital.
De acordo com a equipe médica, o presidente “não apresenta dor, febre e segue com melhora do quadro pulmonar”. Ele teve a nutrição parenteral suspensa com a introdução da dieta leve, sendo mantido o suplemento nutricional.
Bolsonaro também realiza exercícios respiratórios, de fortalecimento muscular e períodos de caminhada fora do quarto para prevenir uma possível trombose venosa.
Durante briefing a jornalistas, no Palácio do Planalto, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, afirmou que Bolsonaro “passou muito bem” a segunda-feira e que “está melhor a cada dia”.
Rêgo Barros informou que nesta segunda o presidente conversou por telefone com João Saad, presidente do Grupo Bandeirantes de Comunicação, para dar as condolências em razão da morte do jornalista Ricardo Boechat.
Bolsonaro também se reuniu pela manhã com os ministros Sérgio Moro (Justiça), Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e Augusto Heleno (GSI). O presidente recebeu ainda as visitas do governador de São Paulo, João Doria, e do secretário de Segurança do estado de São Paulo, João Campos.
Sobre a previsão de alta do presidente, o porta-voz não estabeleceu um prazo. “A alta do presidente dar-se-á quando, efetivamente, ele esteja em condições de sair do hospital, usando uma metáfora, pela porta da frente”, declarou.
Rêgo Barros reforçou que a proposta de reforma da Previdência será apresentada a Bolsonaro assim que o presidente tiver “condições plenas” de analisá-la. “Não posso afiançar que será essa semana”, acrescentou.