Por Redação O Sul | 16 de fevereiro de 2019
Jair Bolsonaro vai usar a cadeia de rádio e TV na quarta-feira para explicar aos brasileiros a importância de atualizar as regras da aposentadoria. Com o público externo, o governo aposta no que considera ser a boa capacidade de comunicação do presidente – direta, sem rodeios – para começar a quebrar resistências à reforma da Previdência. Bolsonaro também participará da costura para dentro. Vai falar com a bancada de seu PSL e com líderes daquela que sonha ser um dia sua base aliada. Apenas PT, PSOL, Rede e PCdoB devem ser excluídos do evento.
Apesar de PSB e PDT serem considerados partidos de esquerda, também foram convidados ao encontro. O PRB agradeceu, mas declinou. “Esse governo escuta por um lado e sai pelo outro”, diz o líder Jhonatan de Jesus.
Major Vitor Hugo, líder do governo, contou que as mudanças da aposentadoria dos militares serão encaminhadas junto com as novas regras gerais.
Na reunião que teve com Rodrigo Maia, o governador Wellington Dias pediu a regulamentação de fundos estaduais para lastrear o déficit da Previdência nos Estados até a reforma começar a surtir efeito nas contas públicas.
Com isso, espera-se destravar os orçamentos estaduais para permitir novos investimentos. Comporiam o fundo receitas já devidas pela União, receitas dos próprios Estados, além de imóveis. Rodrigo Maia prometeu ajudar.
Apresentação
Após reunião com o presidente da República, Jair Bolsonaro, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e demais membros do governo, o secretário Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, falou com jornalistas sobre o projeto de reforma da Previdência definido durante o encontro de quinta (14) no Palácio da Alvorada.
Marinho informou que o projeto deverá ser assinado pelo Presidente na próxima quarta-feira (20), ocasião em que haverá detalhamento do texto. Adiantou, no entanto, que o Presidente optou por idades diferenciadas por gênero, 65 para homens e 62 para mulheres, com período de transição de 12 anos.
De acordo com o Secretário, no dia 20, “o Presidente fará um pronunciamento à nação, explicando de que forma esse projeto, essa nova Previdência vai ser encaminhada, discutida pelo Congresso”. E finalizou: “Esperamos que seja aprovada brevemente. O Brasil precisa e tem pressa de voltar a crescer”.
Ciclo virtuoso
A adoção de um novo sistema previdenciário irá impulsionar os indicadores de confiança na economia, retomar investimentos e criar um ciclo virtuoso na desenvolvimento. A avaliação constou na mensagem do presidente da República, Jair Bolsonaro, lida no início do mês durante a abertura do ano legislativo no Congresso Nacional.
Segundo o Planalto, diante da deterioração das contas públicas nos últimos anos, a reforma da Previdência Social é considerada essencial para a economia brasileira. A expectativa é que a proposta do governo federal sobre o tema seja encaminhada ao Congresso ainda em fevereiro. “Os níveis de confiança melhoraram, a taxa de investimento parou de cair. A renda das famílias começou a dar sinais de melhora”, afirmou. “O grande impulso deste novo ambiente virá com o projeto da Nova Previdência.”
