Sexta-feira, 10 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 22 de fevereiro de 2019
A surpresa veio no início do mês, quando a Google anunciou que o sistema de segurança Nest Secure receberia uma atualização para receber a função Google Assistente, ativada por comando de voz. Ela está presente em vários produtos, como TVs, alto-falantes e smartphones. O problema com o Nest Secure é que, até então, os donos não haviam sido informados sobre a existência de um microfone embutido.
Em resposta ao site Business Insider, um porta-voz da companhia reconheceu o “erro”: “O microfone embutido nunca foi pensado para ser um segredo e deveria estar listado nas especificações”, afirmou a companhia. “Isso foi um erro da nossa parte”.
Segundo o comunicado, “o microfone nunca foi ligado e só é ativado quando os usuários optarem”. A alegação é que o microfone foi incluído no equipamento pensando na possibilidade de novas ferramentas de segurança, como a detecção do som de vidros quebrando”.
Apesar de a empresa negar que os microfones secretos estivessem ativados, a notícia é preocupante para os consumidores. Na rival Amazon, o microfone da assistente Alexa já se envolveu em algumas polêmicas, como o envio de conversas privadas para contatos aleatórios. Já a Google se envolveu em escândalo de privacidade pelos carros do Street View coletarem, “acidentalmente”, dados de redes de Wi-Fi não seguras.
Pressão
Após grande pressão por parte de seus funcionários, a Google anunciou na quinta-feira (21) que vai acabar com a política de arbitragem forçada para eventuais litígios. Essa demanda foi duramente criticada em janeiro, com uma campanha criada pelos próprios trabalhadores chamada End Forced Arbitration.
Após relatos de má conduta sexual por parte de executivos da Google, 20 mil trabalhadores iniciaram uma passeata exigindo o fim da arbitragem forçada. Em resposta, a empresa anunciou que encerraria a prática não apenas em casos dessa natureza, mas também em qualquer tipo de disputa tanto para funcionários atuais como para os futuros.
A nova política entrará em vigor em 21 de março para colaboradores em todo o mundo, mas não se aplicará às reivindicações que já tenham sido resolvidas. Os acordos de arbitragem forçada, que vão além do setor de tecnologia, exigem que os funcionários renunciem a seus direitos de fazer uma reivindicação legal em tribunal e, em vez disso, passem por uma espécie de corte privada. Os funcionários da Google se organizaram em torno da questão e pressionaram os executivos a encerrarem completamente a prática.