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Colunistas Vamos falar de algo em que somos bons: irresponsabilidade

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Agora vem o carnaval. Infindáveis engarrafamentos. (Foto: Divulgação)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Ser terceiro ou quarto mundo é uma vocação. Um lugar em que se pode ver isso é o trânsito e sua (des)organização.

Na quinta-feira à noite, quem vinha do interior para a capital pela Tabai-Canoas ficou 4 horas em um engarrafamento provocado por um caminhão de frangos que tombou. OK. Um caminhão tombado é um problemão. Mas aí deveria entrar o papel das autoridades de trânsito. No caso, a Policia Rodoviária. Fiasco total.

Explico: quando ocorre um acidente e as duas pistas são interrompidas, a primeira coisa que se faz é, no primeiro entroncamento, avisar aos motoristas de que não podem passar. Na verdade, impedir os motoristas de seguirem em frente. Mas, não. Sequer a PR organizou o trânsito. E, pior: quando o caminhão foi afastado, não tinha um cristão para indicar que os motoristas – curiosos – deveriam passar rápido. Muitas pessoas que embarcaram as 17 h em Santa Cruz do Sul perderam o voo das 22 horas. Quem ressarce essas pessoas? Dever-se-ia cobrar dos policiais, tão zelosos quando multam os utentes.

Mas, tem mais. Na sexta de manhã, a partir das 10 h, iniciou-se a operação retirada do caminhão. Pronto. Fecharam as duas pistas até as 13 h. E não impediram de os motoristas ingressarem na rodovia. Não avisaram. Resultado: engarrafamento de mais de 15 km. Não. Você leu certo: mais de 15 km. De cada lado. Bingo. Falta de gestão.

O mesmo acontece no viaduto da Charlau. Todos os dias ocorre longo engarrafamento, que começa na Churrascaria Schneider e vai até a entrada para Cai. Gestão da sinaleira. É o que falta. No Brasil, nem as sinaleiras são inteligentes.

Em Porto Alegre, na Sertório, há anos que há engarrafamentos diários. Falta gestão no tempo dos sinais. E não aparece ninguém. E ninguém explica alguma coisa. Ah: dentro da cidade, por causa de uma Portaria idiota de algum órgão público inútil, carros-forte param onde querem. Lépidos e fagueiros. Fim da várzea.

By the way, a Polícia Rodoviária poderia fiscalizar os Ônibus da Planalto. Fotografei a placa do ônibus ISS 1462, com os pneus traseiros totalmente calvos. Terceiro mundo é isso.

Na rodovia em Canoas, na terça-feira, um caminhão malucão (pl. EFW 9140) ficava cortando todo mundo. Parecia que estava bêbedo o motorista. Tentei avisá-lo para que parasse e me mandou tomar café. Bingo.

Difícil. Tudo muito difícil. Agora vem o carnaval. Infindáveis engarrafamentos. E será o carnaval com legislação contra importunação sexual. Isso vai dar problema. Uma juíza de direito disse, no Programa da Fátima Bernardes, que até um puxão de cabelo pode ser enquadrado como importunação. Ah, bom. E ela explicou: depende como a mulher se sente. Uau. Não sabia que um gesto dependia do sentimento da pretensa vítima.

Esse Brasil. Sempre exagerando. E agora o STF criminaliza a homofobia. Como será que o Ministério Publico fará a denúncia? “Assim agindo, fulano incorreu nas penas do acordão do STF”? A ver.

Boa folia. Ande devagar. Até porque, nestas estradas e ruas, andar rápido é impossível.

Ah: estou louco para ver as bobagens televisivas, como a/o repórter dizendo para a passista: dá uma voltinha aí. Upa. Isso agora pode ser importunação. Olé, olé olá…

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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Fotografia da distorção
https://www.osul.com.br/vamos-falar-de-algo-em-que-somos-bons-irresponsabilidade/ Vamos falar de algo em que somos bons: irresponsabilidade 2019-03-02
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