Por Redação O Sul | 10 de março de 2019
O mais recente Informativo Conjuntural divulgado pela Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural) do Rio Grande do Sul indica que as plantações de soja nas regiões Celeiro, Noroeste Colonial e Alto Jacuí evoluem rapidamente para o estágio de maturação, com folhas de coloração amarela. As primeiras lavouras já colhidas oferecem uma expectativa de boa produtividade para a safra deste ano.
Até o final da semana passada, a oleaginosa apresentava a seguinte situação no Estado: 8% da área colhida, 17% madura e por colher, 67% em fase de granação ou enchimento e 8% de área em floração.
Nas regiões do Médio Alto Uruguai e do Rio da Várzea, as primeiras lavouras em fase de maturação apresentam ótima sanidade, contrariando expectativas de uma safra com forte pressão do fungo da ferrugem asiática. Dias atrás, foram realizadas aplicações finais de fungicidas para controle da ferrugem e de inseticidas para controle de lagartas, percevejos e ácaros.
Já na chamada “Região da Produção”, a cultura está em fase inicial de colheita, com rendimento médio de 62 sacas por hectare. Comparada ao período de implantação, quando houve necessidade de replantio, a projeção é positiva. Há baixa incidência de doenças e pragas em lavouras adequadamente monitoradas e tratadas.
No Sul do Estado predomina a granação, com 85% das lavouras nesse estágio. Os últimos dias anteriores à conclusão do levantamento da Emater foram marcados pelo secamento do solo, altas temperaturas e radiação solar intensa, prejudicando as lavouras.
As condições gerais na Serra e nos Campos de Cima da Serra, por sua vez, são consideradas muito boas. A fase predominante é a de enchimento de grãos. A colheita começa mais cedo nas áreas cultivadas, com variedades de ciclo precoce.
Milho
Ainda de acordo com o Informativo Conjuntural, a cultura do milho apresenta 51% das lavouras colhidas. As demais áreas apresentam os seguintes índices: 17% maduro, 24% em enchimento de grãos e o restante em processo de floração e desenvolvimento vegetativo. As lavouras têm bom desenvolvimento reprodutivo.
Nas regiões Centro-Sul e nos vales do Sinos e Paranhana, a maior parte está na fase de enchimento e desenvolvimento de grãos. Algumas lavouras já começam a ser colhidas para comercialização. O milho safrinha apresenta um bom desenvolvimento vegetativo, ainda não prejudicado pela diminuição da chuva.
Feijão
Com a safra praticamente colhida, o feijão primeira safra no RS atingiu 80% das áreas colhidas. Ainda apresenta 1% das lavouras em floração, 11% em enchimento de grãos e 8% maduro. Das áreas a serem colhidas, restam basicamente as da região dos Campos de Cima da Serra, nas quais a cultura se encontra nas fases de formação de vagens e enchimento de grãos.
As lavouras apresentam bom desenvolvimento devido às ótimas condições climáticas até o momento. As condições fitossanitárias estão muito boas nessa região, com baixa incidência de pragas e doenças, o que indica perspectiva de safra dentro da normalidade, ou seja, 2,4 toneladas por hectare.
Na região Sul, a primeira safra foi colhida. A segunda safra da cultura está com a semeadura finalizada, em estágio predominante de crescimento vegetativo, apresentando bom desenvolvimento.
Arroz
A cultura do arroz tem 17% da área colhida, 36% madura, 38% em enchimento de grãos e 8% em floração. Nas principais regiões produtoras do Estado – Campanha e Fronteira Oeste – as condições climáticas antes do fechamento do Informativo eram favoráveis. Mas está prevista uma queda da produção nesta safra, em virtude de pouca insolação, muitos dias nublados, com chuva e baixa temperatura à noite.
No Litoral e Centro-Sul, foi iniciada a colheita das variedades precoces plantadas no cedo, chegando a 11% da área em Camaquã. O manejo realizado recentemente foi a condução da lavoura com irrigação, aplicação de coberturas e tratamentos fitossanitários, em alguns casos, conforme necessidade e cultivar.
Pastagens
A fase é de desenvolvimento das espécies forrageiras e, de maneira geral, a ocorrência de chuvas com bons volumes, temperaturas e radiação solar adequada favorecem tanto o campo nativo como as pastagens cultivadas, apresentando grande oferta de matéria verde de qualidade.
As pastagens naturais, apesar do bom crescimento, estão mais fibrosas e com menor qualidade devido ao fim do ciclo destas forrageiras. Daí a importância de proceder-se a mineralização adequada do rebanho.
Conforme a Emater, é importante que os produtores façam o ajuste da carga animal para obter melhor aproveitamento. Os pecuaristas são orientados a deixar algumas áreas em descanso, para que tenham abundância de pasto durante o outono. As pastagens cultivadas de inverno já começaram a ser implantadas.
Marcello Campos
