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Por Redação O Sul | 31 de março de 2019
Nem o poderoso saque de John Isner conseguiu barrar a excepcional fase do suíço Roger Federer. Num torneio quase impecável, ele chegou ao quarto troféu em Miami, o 101º da carreira e a seu 28º Masters 1000 ao superar o gigante de 2,08m por 2 sets a 0, parciais de 6/1 e 6/4, em 63 minutos. Com problema no tornozelo esquerdo, Isner se arrastou nos últimos três games e fez um esforço incrível para terminar a partida.
Há duas semanas, Federer deixou escapar o título de Indian Wells diante de Dominic Thiem e chegou a ter uma estreia trabalhosa em Miami. Gradualmetne, passou a jogar cada vez melhor, com número muito baixo de erros não forçados, e assim atingiu sua 50ª final de nível Masters, a maior coleção desde que este nível de torneio foi criado em 1990.
Aos 37 anos, ele é o único tenista que ganhou dois títulos na temporada – o outro foi em Dubai – e isso o leva à liderança no ranking que considera apenas os resultados desde janeiro, com 55 pontos de vantagem sobre o sérvio Novak Djokovic e a 400 do espanhol Rafael Nadal. Ao mesmo tempo, ergue o 101º troféu e fica a apenas oito do recordista absolulto Jimmy Connors.
O primeiro set foi totalmente atípico. Federer ganhou o sorteio e repetiu tática da semana, optando por receber. E deu certo. Isner pareceu tenso, errou muito e cedeu a quebra. Daí em diante, o domínio seria total de Federer, a ponto de o americano confirmar apenas um serviço. Entre duplas faltas, voleios falhos e forehand descalibrado, viu o suíço terminar o primeiro set com apenas dois erros contra oito. Em sete subidas à rede, Isner só fez dois pontos. Mesmo no saque, sua grande arma, americano acertou 62% do primeiro serviço mas venceu apenas 50%, enquanto Federer teve aproveitamento de 54% e levou todos.
O segundo set foi bem mais equilibrado. Isner subiu o índice de acerto do primeiro saque e, mesmo recebendo algumas boas devoluções, se manteve firme. Mas no sexto game, sentiu leve torção no tornozelo esquerdo e isso dificultou ainda mais seu deslocamento. Fez um evidente esforço para ao menos terminar a partida. Federer, que terminou com apenas sete erros não forçados, ganhou pela sexta vez em oito duelos contra Isner e embolsou US$ 1,35 milhão.
Isner não havia perdido sets na campanha em que tentava defender seu título do ano passado, seu único de nível Masters, conquistado em cima de Alexander Zverev. O vice permite que ele se mantenha no top 10 e que apareça no sexto lugar entre os que mais pontuaram em 2019. Aos 33 anos, somou com Federer a final de maior idade desde que o torneio começou a ser disputado, em 1983.