Domingo, 24 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 7 de agosto de 2015
Os portadores de hérnia de disco, torcicolo, dores de cabeça e enxaqueca podem optar por um tratamento chamado osteopatia. Sem utilizar remédios, o procedimento é feito por meio de técnicas manuais, que interferem nas articulações e ligamentos do corpo, para reverter ou evitar inflamações. Segundo especialistas, o objetivo principal deste método é curar a causa do mal, buscando devolver o equilíbrio ao organismo.
Antes de começar a terapia, o osteopata avalia a saúde do paciente por meio de exames, para detectar se há alguma alteração nas articulações ou nos músculos. Caso haja problemas, ele encaminha a pessoa ao tratamento, que inclui o uso de quatro técnicas: as estruturais, que reajustam os ligamentos do corpo; as musculares, que mobilizam os tendões; as cranianas, que interferem nos órgãos; e as faciais, que mexem nos tecidos do rosto.
A osteopata Elaine Monteiro de Carvalho destaca que o paciente é submetido a uma avaliação psicológica para que o especialista consiga entender melhor a causa do problema. “Temos o cuidado de fazer uma leitura completa do organismo de cada um. Ajustamos as técnicas de acordo com as dores de cada paciente. Pode ser que o sintoma que ele tenha seja uma somatização de outros males. Uma dor de cabeça, por exemplo, pode vir da cervical ou até do fígado”, garante.
Utilizada também para realinhar posturas e evitar tensões, a técnica costuma ter a duração de quatro sessões, que são feitas toda semana ou quinzenalmente, dependendo da gravidade do quadro. Segundo a especialista, os sintomas já são amenizados logo na primeira consulta.
Há pessoas que não podem fazer.
Apesar de poder ser feita em qualquer faixa etária, até mesmo em recém-nascidos (muitas mães procuram a técnica para combater as cólicas e a obstipação em bebês), a osteopatia é contraindicada para alguns grupos específicos, como pacientes com tumores. “A técnica pode provocar o aumento da doença ou até a metástase”, alerta a osteopata Cristiana Monteiro de Carvalho.
Além disso, o método não deve ser feito em quem tem fraturas ósseas. A especialista afirma que pacientes com dores muito agudas ou luxações graves precisam antes procurar um médico para que ele receite um medicamento anti-inflamatório.
É preciso ter cuidado também com portadores de osteoporose. Cristiana diz que a doença não impede que o paciente procure a osteopatia, mas ele não receberá todas as manobras. “Ele só terá técnicas mais leves, como de relaxamento, até porque já sofre de perda óssea”, ressalta. (AD)