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Armando Burd Procurando o mesmo tom

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FHC acredita na união de diversos partidos para enfrentar o atual presidente. (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Jair Bolsonaro, de bermuda, e Rodrigo Maia reuniram-se ontem, no Palácio da Alvorada, para afinar o violão com a gaita na interpretação da partitura intitulada Reforma da Previdência. Até aqui, desafinaram tudo o que podiam.

Onde queremos chegar

Parlamentares e de parte da opinião pública ainda não perceberam que, durante décadas, o paternalismo, o uso indevido de recursos e a falta de diretrizes claras levaram a Previdência a uma situação de descalabro.

Em busca de uma saída

Começa a encorpar entre setores do funcionalismo estadual a ideia de criação de um Comitê de Salvação Pública.

O ponto de partida foi uma consulta informal à Secretaria da Fazenda, que relatou não haver perspectiva de que os salários voltem a ter o pagamento em dia. O próximo passo será explicar às principais representações do empresariado que o governo não resolverá sozinho os graves problemas que enfrenta.

Só um curativo

Para quem acompanha o dia a dia do governo do Estado é visível que faltam propostas concretas para sair da crise. Prova disso é que se passaram quatro meses e na pauta de votações da Assembleia Legislativa não constam projetos de peso. No final do semestre chegarão os pedidos para privatização de três estatais. Serão soluções de pronto socorro. Nada que consiga mudar o quadro de penúria.

Choro constante
Completam-se hoje 15 anos do lançamento da Carta de Brasília, contendo proposta de mudança nos critérios de cálculo das dívidas dos Estados com a União. A intenção dos governadores, entre eles Germano Rigotto, era pedir providências para que Economia crescesse. A redução das prestações seria uma forma. Solicitaram ainda a liberação de recursos represados da Lei Kandir e reclamaram da concentração tributária em Brasília.

Provocará ranger de dentes

O Palácio do Planalto lançará uma ordem de serviço, na metade de maio, prevendo o levantamento de quantos são os servidores públicos que ganham mais do que o presidente da República.

Caso único

O Livro Guinness dos Recordes, traduzido para 36 línguas, é publicado todos os anos, reunindo uma coleção de fatos surpreendentes. A próxima edição, no capítulo Ingenuidade, poderá conter o registro:

“Em Porto Alegre, ao Sul do Brasil, entidades empresarias apoiam o aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano. Sinal de que, ao contrário de outras cidades do País, não há crise, as vendas andam a pleno, o desemprego não é problema e sobra dinheiro para quem paga tributos.”

Para deixar a imaginação de lado

Como não haverá eleição, este é o ano para manifestação dos que desconfiam dos resultados das urnas eletrônicas. Provoquem especialistas que cheguem a conclusões sobre a possibilidade de manipulação dos votos.

Os que esperarem até as campanhas de 2020 para as contestações comprovarão que a intenção é apenas tumultuar.

Tema inusitado

O governador Eduardo Leite assistiu ontem ao concerto da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre no Auditório Araújo Vianna lotado. Todo o programa foi dedicado à Música de Games.

Pressa vai atrapalhar

A convenção do DEM paulista lançou ontem João Doria como candidato à Presidência da República. Na frente do tucano está o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que faz uma gestão competente, mas com menos marketing.

Há 25 anos

A 30 de abril de 1994, ocorreu um fato inusitado: o candidato Fernando Henrique Cardoso mandou recado aos tucanos descontentes com a aliança firmada com o PFL para concorrer à Presidência da República. “Estão liberados para apoiar o PT”, disse. Lula liderava as pesquisas. Semanas depois, os dissidentes voltaram atrás e festejaram em outubro a vitória de FHC no 1º turno.

Sinal dos tempos

Numa roda de amigos, ontem à tarde, em que o assunto era as redes sociais, houve uma concordância: o problema hoje não é crer em nada. Ao contrário, consiste no crer em tudo.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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