Quinta-feira, 06 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de agosto de 2015
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, acusou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de “sonegar” do STF (Supremo Tribunal Federal) informações sobre a coleta de provas e fases das investigações contra o peemedebista no inquérito que apura sua suposta participação no esquema de corrupção da Petrobras. A manifestação foi enviada ao STF pela defesa de Cunha.
Os representantes pedem para ter acesso aos dois depoimentos e a eventuais provas produzidas com auxílio do lobista Júlio Camargo, que citou o pagamento de propina de 5 milhões de dólares ao peemedebista. Segundo o ex-procurador-geral da República e advogado de Cunha Antonio Fernando de Souza, Camargo já estaria colaborando com o Ministério Público Federal sobre a ligação do parlamentar com o escândalo há quatro ou cinco meses, e não foi feita referência a isso no processo.
Informações
Para a defesa, Janot esconde informações inclusive do STF. “Atos investigativos conduzidos pelo órgão máximo do Ministério Público Federal estão sendo sonegados tanto à defesa do requerente como, especialmente, ao Supremo Tribunal Federal, órgão responsável por fiscalizar a legalidade dos atos realizados pelas autoridades policiais e do Ministério Público, especialmente quando se trata de inquérito judicial”. O caso será analisado pelo ministro Teori Zavascki, relator dos inquéritos que investigam a participação de políticos com os desvios na estatal.
(Márcio Falcão/Folhapress)