Sábado, 01 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de abril de 2019
Nesta terça-feira (30), o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, convocou os cidadãos do país a irem às ruas para colocar fim ao governo de Nicolás Maduro. Durante o comunicado, o líder de oposição na Assembleia Nacional apareceu rodeado de militares e afirmou que amanhã, 1° de maio – Dia Internacional dos Trabalhadores – irá começar “a segunda etapa da operação de liberdade”. Guaidó garantiu ter o apoio do exército.
O ministro de Comunicação do governo Maduro, Jorge Rodriguez, informou que o governo está “enfrentando e desmontando” um plano golpista. Em seu primeiro comunicado, nas redes sociais, Nicolás Maduro disse ter a lealdade de militares e convocou uma mobilização social. Na capital, Caracas, manifestantes estão em confronto com as forças de segurança.
Acompanhe:
12:47 – Um tanque do exército venezuelano avançou em direção aos manifestantes, atropelando cerca de cinco pessoas.
12:55 – O representante do exército de Nicolás Maduro se pronuncia em rede estatal e afirma que Guiadó tenta aplicar um golpe no país, mas que não deixarão o imperialismo norte-americano se instaurar na Venezuela.
Durante o pronunciamento, o representante da Força Armada Nacional da República Bolivariana da Venezuela (La FANB) afirmou que os confrontos acontecem apenas em Caracas e o resto do país vive em normalidade. “Eles querem sangue derramado pelas ruas de Caracas. É uma oposição selvagem, imperialista e sem consciência de sociedade…não subestimem as forças armadas bolivarianas” concluiu.
13:04 – A Força Armada Nacional afirma que não há riscos para a democracia na Venezuela e que todos devem seguir tranquilos e trabalhando. Ainda disse que o governo Maduro está seguro e estruturado.
13:07 – Juan Guaidó chega ao centro da capital Caracas e vai em direção ao Palácio de Miraflores (sede da presidência) e agradece os apoiadores.
13:11 – Juan Guaidó pede aos manifestantes que se mantenham nas ruas.
13:22 – Manifestantes atacam a base área de La Carlota com ‘coquetéis molotov’
13:32 – Manifestantes pró Guaidó tentam chegar até o Palácio de Miraflores, em Caracas, utilizando motos.
13:40 – Opositores de Maduro colocam fogo em ônibus como forma de protesto ao governo.
14:05 – Governo brasileiro divulga nota defendendo a ação de Juan Guaidó como a “busca de uma solução que ponha fim na ditadura de Maduro, bem como restabeleça a normalidade institucional na Venezuela” e incentivando os países a apoiarem o autoproclamado presidente interino da Venezuela.
14:06 – O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rego Barros, confirmou que 25 militares venezuelanos pediram asilo na embaixada brasileira na Venezuela. O presidente Jair Bolsonaro já autorizou a medida.
14:10 – O presidente Jair Bolsonaro, através do seu twitter, manifestou sua preocupação com a situação do país venezuelano. Disse que o Governo segue unido, com outras nações, para buscar a melhor solução para o problema.
A situação da Venezuela preocupa a todos. Qualquer hipótese será decidida EXCLUSIVAMENTE pelo Presidente da República, ouvindo o Conselho de Defesa Nacional. O Governo segue unido, juntamente com outras nações, na busca da melhor solução que restabeleça a democracia naquele país.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 30, 2019
14:27 – Pelo menos 12 pessoas são feridas nos confrontos entre manifestantes e o exército bolivariano.
Locais de confronto:
15:09 – Meios de comunicação venezuelanos que fazem oposição à Maduro são retirados do ar.
O Sindicato Nacional de Trabajadores de la Prensa de Venezuela (SNTP) denuncia a censura prévia e o corte nas transmissões de duas emissoras de TV estrangeiras e uma nacional pelo regime de Maduro. Entre elas, está a CNN Internacional. #G1Mundo
— Sandra Cohen (@SandraCoh) April 30, 2019
15:26 – Recomeçam as trocas de tiros entre o exército bolivariano e manifestantes pró Guaidó.
15:47 – Cerca de 25 militares venezuelanos pedem asilo politico em embaixada brasileira na Venezuela.
15:50 – Juan Guaidó volta a se direcionar ao povo venezuelano, assegurando a restauração da democracia no país.
16:12 – Confrontos em Caracas deixam quase 40 feridos.
16:20 – Embaixador da Venezuela Samuel Moncada afirma em entrevista que as manifestações em Caracas são uma tentativa de golpe da oposição com o apoio dos Estados Unidos. Segundo ele, Maduro agiu com rapidez e seu governo é “o verdadeiro e único” do país. Na declaração, Moncada afirmou que não há vítimas e que a Venezuela está em perfeita normalidade. Por fim, fez um apelo às nações internacionais que rechacem o que ocorreu hoje na capital federal.
16:28 – Opositor Leopoldo López se resguarda na residência diplomática do Chile. Ministro das Relações Exteriores Roberto Ampuero diz que país chileno reafirma compromisso com os democratas venezuelanos.
17:00 – Leopoldo López, ferrenho opositor do governo de Nicolás Maduro se abrigou na residência diplomática do Chile em Caracas, capital venezuelana. López está acompanhado da esposa e dos filhos.
17:15 – Confrontos deixam 57 feridos em Caracas, segundo imprensa local.
17:10 – Presidente Jair Bolsonaro tuíta, de maneira irônica e crítica, montagem com imagens de Ranfolfe Rodrigues (REDE) e Lula (PT) junto a Nicolás Maduro.
19:40 – O Grupo de Lima, formado por países da América Latina, divulga uma nota pedindo que as Forças Armadas venezuelanas apoiem Juan Guaidó. Além do Brasil, integram o grupo as seguintes nações: Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e Venezuela.
22:15 – Presidente Nicolás Maduro faz pronunciamento intitulado mensagem ao povo venezuelano e ao mundo, diante da nova investida contra a paz da pátria.