Sexta-feira, 14 de março de 2025
Por Redação O Sul | 8 de agosto de 2015
O traficante Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy, foi morto em uma operação no Morro da Pedreira, na Zona Norte do Rio de Janeiro, neste sábado (8). Os agentes souberam que o traficante mais procurado do Rio estava na casa da namorada. A operação contou com 80 policias da Polícia Civil, da Polícia Federal e da Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar, além de veículos blindados e um helicóptero.
Houve troca de tiros entre os agentes e os seguranças do chefe do tráfico do Morro da Pedreira, que fugiram pela mata. Pimenta também efetuou alguns disparos contra os policiais e fugiu pelos fundos da casa, onde há um terreiro de candomblé em que ele foi atingido. Na residência, uma pistola e fuzil foram apreendidos.
Playboy foi levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo a assessoria de imprensa da instituição de saúde, o traficante chegou morto à unidade. O criminoso estava foragido. Ele foi condenado pelos crimes de tráfico de drogas, roubo e homicídios. Sua captura previa uma recompensa de 50 mil reais.
Logo após a morte do traficante, fotos mostrando o bandido ferido começaram a circular pelo WhatsApp e outras redes sociais.
Histórico de Playboy
Entre os crimes mais ousados que teriam relação com Playboy nos últimos meses está o roubo de 193 motos de dentro de um galpão terceirizado do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio, na madrugada do dia 31 de dezembro.
No local, ficavam motos rebocadas por irregularidades. Cem criminosos participaram da invasão e não houve reação por parte dos funcionários do galpão porque mulheres e crianças foram usadas como escudo pelos bandidos.
Recentemente, uma ordem de Playboy terminou com a expulsão de, pelo menos, 80 famílias do Conjunto Residencial Haroldo de Andrade I, em Barros Filho, na Zona Norte do Rio. Segundo uma investigação da Polícia Civil, o chefe do tráfico do Complexo da Pedreira, no bairro vizinho de Costa Barros, ofereceu os apartamentos do programa “Minha casa, minha vida” a bandidos. Atualmente, existiam mais 20 mandados de prisão contra o bandido.
“Estrela” do crime
O traficante foi entrevistado pela revista Veja, em fevereiro, em um encontro que teve a presença do coordenador do grupo Afroreggae, José Júnior. Neste sábado, José Júnior publicou um trecho inédito do vídeo da entrevista em seu Facebook. Segundo ele, Playboy pediu para que a gravação só fosse divulgada quando ele morresse ou se entregasse. No vídeo, o traficante diz que era “um ser humano que tentou ser trabalhador, mas as circunstâncias não permitiram”. (Com informações de agências e AG)