Sábado, 08 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de maio de 2019
De acordo com a SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia), as moléculas de monóxido de carbono – gás que pode ter provocado a morte de família brasileira que fazia turismo no Chile – se ligam à hemoglobina presente no sangue. Isso dificulta a circulação e distribuição do oxigênio – essencial para vida humana – no corpo. É uma morte por asfixia.
Autoridades do Chile suspeitam que a inalação de monóxido de carbono (CO) causou a morte de seis brasileiros em um apartamento em Santiago, na noite de quarta-feira (22). Os oficiais acreditam que o gás invisível e sem cheiro pode ter vazado de um aparelho doméstico, como um aquecedor.
Os sintomas da asfixia por monóxido de carbono são: dores de cabeça; tontura; fraqueza; dores abdominais e vômitos; dor no peito; confusão mental.
Na maioria das vezes, as vítimas não percebem que estão sob efeito do monóxido de carbono justamente porque o gás não tem cheiro nem cor.
Como evitar acidentes?
Aquecedores a combustível podem vazar monóxido de carbono caso estejam mal posicionados ou sem manutenção. Confinado em um ambiente fechado ou sem janelas, o gás mata em minutos.
Há também outros aparelhos que podem causar mortes pela inalação do CO, como geradores de energia e churrasqueiras.
Veja como prevenir acidentes, de acordo com o Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês): aquecedores ou qualquer outro aparelho doméstico movido a gás, óleo ou carvão devem passar por vistoria técnica ao menos uma vez por ano; jamais deixe ligado um carro ou outro veículo na garagem, mesmo que haja uma porta aberta; nunca use um fogão para aquecer a casa; mantenha geradores e máquinas de lava a jato a ao menos seis metros de uma janela ou porta; instale detectores em casa, dispositivos geralmente pequenos e que funcionam com pilhas ou baterias; deixe o local imediatamente e procure os serviços de emergência caso sinta tonturas, dores e suspeite de vazamento de monóxido de carbono.
Empresa pede que anfitriões instalem detectores
A Airbnb, empresa de aluguel por temporadas pela qual a família brasileira alugou o apartamento em Santiago, afirma solicitar aos anfitriões que disponibilizem detectores de fumaça e monóxido de carbono dentro dos imóveis. No site oficial, a companhia diz que fornece o aparelho gratuitamente, quando solicitada.
A instalação não é obrigatória – exceto quando a cidade ou o país tem uma lei ou regulamento específico sobre o assunto. Ainda assim, a Airbnb notifica os hóspedes quando estão prestes a alugar um imóvel sem detector de monóxido de carbono.
Sobre o incidente em Santiago, a Airbnb informou que vai arcar com o traslado dos corpos, e que também presta assistência aos responsáveis por oferecer o apartamento – a identidade do locador não foi revelada. As informações são do portal G1.