Sexta-feira, 17 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de agosto de 2015
Duas pessoas foram mortas no domingo no primeiro turno das eleições legislativas no Haiti, marcadas por incidentes violentos que causaram o fechamento antecipado de dezenas de centros de votação, informaram partidos políticos.
A presidente do partido Fusion, Edmonde Supplice Beauzile, condenou a morte do filho de um de seus seguidores em Savanette (centro). A ex-senadora e atual candidata à Presidência também anunciou que dois membros do seu partido tinham ficado feridos durante as eleições.
O partido do presidente, Michel Martelly, o PHTK (Partido Haitiano Tet Kale) denunciou na segunda-feira que um de seus membros havia sido executado com um tiro no departamento (estado) do Norte. Lucien Jura, membro da direção do partido denunciou “a campanha de difamação” contra o PHTK, acusado pelos demais partidos políticos de ser o causador da violência que perturbou as eleições.
Sem dar números de vítimas da violência, a polícia anunciou que tinha detido mais de 130 pessoas e apreendido 23 armas de fogo.
Representantes especiais das Nações Unidas no Haiti e o “Core Group”, grupo de embaixadores credenciados no país, saudaram a celebração do pleito, mas criticaram os problemas registrados durante o dia.
Eles cumprimentaram os cidadãos que exerceram seu direito ao voto no país, mas rejeitaram “as interrupções durante o escrutínio em algumas regiões, atos de violência e perda de vidas humanas”.
O “Core Group”, representado por embaixadores de Brasil, Canadá, la União Europeia, França, Espanha, Estados Unidos e representantes da OEA, exortou às autoridades nacionais para investigar os casos de violência e a pedir a todas as partes respeito pacífico aos resultados eleitorais.
As legislativas de ontem foram as primeiras organizadas no Haiti desde a chegada ao poder de Martelly, em maio de 2011. O segundo turno das eleições serão celebradas em 25 de outubro. (Folha)