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Por Redação O Sul | 27 de maio de 2019
As eleições para o Parlamento Europeu chegaram ao fim neste domingo (26). Em quatro dias de votação, 51% – excluindo eleitores do Reino Unido – dos eleitores de 28 países da União Europeia (UE) foram às urnas. O pleite deste ano foi visto como um “teste” para verificar a influência dos movimentos nacionalistas, populistas e de extrema direita que ganharam força no continente nos últimos anos. Além disso, a eleição colocou em lados opostos os defensores de uma UE mais unida e aqueles que consideram o bloco burocrática e intervencionista.
De acordo com as projeções, os partidos pró-UE devem ficar com uma fatia significativa do Legislativo, sediado em Bruxelas e Estrasburgo – cerca de dois terços das 751 cadeiras. Mesmo assim, seus adversários tiveram ganhos significativos. Na França, por exemplo, tudo indica que o partido ultradireitista e anti-imigração Reunião Nacional, de Marine Le Pen, desponte em primeiro lugar. Na Alemanha também há projeções de quedas drásticas para o partido de Angela Merkel e seu parceiro de coalização de centro-esquerda. Enquanto isso, o Partido Verde Europeu tornou-se o segundo maior e os populistas de direita ganharam um pouco mais de força.
Contudo, a ascensão dos populistas eurocéticos não aconteceu em todos os países. Na Áustria, o Partido da Liberdade da Áustria, de extrema direita, deve ficar em terceiro lugar. Na Holanda, o Partido para a Liberdade (PVV), liderado pelo populista antieuro e antimigração Geert Wilders, deve perder todos os assentos no Parlamento e as projeções apontam para uma vitória dos social-democratas.
Assim, o resultado das eleições pode deixar as duas principais bancadas do Parlamento, o Grupo do Partido Popular Europeu (EPP) e os Socialistas & Democratas (S&D), sem maioria, o que abre caminho para negociações complicadas para formar uma coalizão. Nesse cenário, a Aliança dos Liberais e Democratas pela Europa (ALDE), formada pelo Partido Verde Europeu e pela Aliança Livre Europeia, deve se tornar uma força decisiva.