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Por Redação O Sul | 28 de maio de 2019
Mais de 20 deputados estaduais se reuniram com o governador Eduardo Leite e outros integrantes do governo, para esclarecerem pontos da proposta de privatizações de estatais no Rio Grande do Sul. A intenção do governador é encaminhar os projetos à Assembleia Legislativa no máximo até quarta-feira (29), em regime de urgência.
No encontro, realizado na noite desta segunda-feira (27), os secretários Marco Aurelio Cardoso (Fazenda), Leany Lemos (Planejamento, Orçamento e Gestão) e Artur Lemos (Meio Ambiente e Infraestrutura) e o procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa, esclareceram dúvidas dos parlamentares.
“Assim, com absoluta transparência, os parlamentares poderão chegar às conclusões com a mais absoluta convicção. Podemos afirmar que já há o entendimento da importância da desestatização dessas empresas para alcançar o equilíbrio fiscal do RS”, afirmou Leite.
O evento ocorreu no Galpão Crioulo do Palácio Piratini e também contou com a presença do vice-governador Ranolfo Vieira Júnior, do secretário-chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, e do secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella.
Dúvidas sobre as privatizações
Dentre as principais questões estão: Por que privatizar empresas que são rentáveis e dão lucro? Qual será o destino dos funcionários? Qual o valor estimado das empresas? Onde será aplicado o dinheiro oriundo das privatizações?, dentre outras. O governo divulgou uma apresentação onde explica os detalhes da medida que deverá privatizar CEEE, Sulgás e CRM. Confira aqui a íntegra do documento.
O governo afirma que os trabalhadores poderão seguir nas empresas, embora não esteja descartada a possibilidade de reestruturações nos quadros das companhias. “O governo já definiu as diretrizes para a elaboração de programas de desligamento voluntário ou incentivado nas empresas estatais e poderá, adicionalmente, dar suporte aos funcionários que venham a ser desligados, através da negociação com os sindicatos, da extensão de benefícios por prazo determinado, e de programas de apoio à reinserção no mercado de trabalho”, detalha o texto.
A equipe de leite considera essencial a aprovação da medida, para adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). “A aprovação da desestatização dessas empresas é decisiva para que possamos avançar, principalmente, nesse sentido”, esclareceu o secretário-chefe da Casa Civil, Otomar Vivian.
Salários da diretoria do Banrisul
O governador aproveitou a ocasião para comentar a polêmica do salário do novo diretor do Banrisul. Indicado para assumir a presidência do banco, Claudio Coutinho, teve os vencimentos reajustados, causando revolta na população. Leite deixou claro que a definição da remuneração recebida pela diretoria do banco não passa pelo gabinete do governador e afirmou que apoiou o aumento R$ 89,5 mil porque “é importante que os salários ofereçam competitividade e possam atrair novos talentos”.