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Saúde Boa forma combate o câncer

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Exercícios aumentam resposta à quimioterapia e reduzem recorrência de tumores. (Crédito: Reprodução)

Com diagnóstico de câncer, a empresária Luciana Provenzano lembra que recebeu de seu médico um artigo científico sobre os benefícios do exercício físico para reduzir os sintomas da quimioterapia. De início, a notícia da doença, confessa ela, deixou-a “aterrorizada”. Pensava que ficaria fraca e magra demais. Mas como já era fisicamente ativa, seguiu a recomendação: caminhadas, ioga e musculação faziam parte de sua rotina.
“Como queria ter o mínimo de sintomas, me exercitava quase todos os dias. Quando estava muito cansada, meu professor ia lá em casa fazer uma sessão mais leve de ioga ou reiki. E nos dias críticos, não fazia nada”, lembra Luciana, diagnosticada com um linfoma não-Hodgkin, que resume: “Passei muito bem todo o tratamento”.

Praticar atividade física e manter uma alimentação saudável estão mudando a cara do tratamento do câncer. Novos estudos trazem dados mostrando que até os resultados do tratamento são melhores quando atrelado ao exercício, respeitando-se, claro, os limites de cada paciente. E mais: as chances de retorno do câncer são menores.

Na outra ponta, o impacto da obesidade na ocorrência da doença está ganhando proporções enormes. A Asco (Sociedade Americana de Oncologia Clínica) identificou o combate ao excesso de peso como uma iniciativa-chave para que não se percam as décadas de progresso na prevenção do câncer. A obesidade está rapidamente superando o tabaco, e estima-se que ela se tornará a principal causa de câncer prevenível no mundo, um alerta que ganhou a atenção de médicos.

“A obesidade causa uma síndrome metabólica, desequilibrando, por exemplo, o metabolismo da insulina. Ela não está ligada apenas ao açúcar, como costumamos pensar, mas a outras ações, como a divisão celular. Não se sabe exatamente o mecanismo, mas acredita-se que este desequilíbrio aumenta o risco de alterações que provocam o tumor”, explica o oncologista Benedito Rossi.

O médico de Luciana, o oncologista Daniel Tabak, lembra que os benefícios do exercício durante o tratamento não têm relação com a intensidade do treinamento. “O cansaço associado à quimioterapia pode desestimular a atividade, mas mesmo em níveis leves e moderados nota-se melhora”, explica.

Segundo Tabak, não há restrições à atividade, apenas recomenda-se que ela seja intensificada de forma gradual e seguindo os limites de cada um, de acordo com a rotina de exercício antes do diagnóstico. Por sinal, os cuidados devem ser redobrados se o paciente era sedentário.

Um artigo publicado durante o último congresso da Asco pelo pesquisador Lee Jones, do Centro de Câncer Memorial Sloan (EUA), ressalta que apenas recentemente se passou a investigar se fatores modificáveis, como peso corporal, dieta e atividade física, teriam alguma influência no indivíduo após o diagnóstico do câncer. Segundo ele, os novos estudos sugerem que, geralmente, exercícios regulares estão associados com uma redução de 10% a 50% do risco de recorrência do tumor. Um deles, da pesquisadora Jennifer Ligibel, do Instituto de Câncer Dana-Farber (EUA), mostrou essa eficácia para tumores de mama e gastrointestinais.
Jennifer lembra que nos próximos 20 anos são estimados 500 mil novos casos de câncer devido à obesidade. No entanto, se cada americano perdesse em média 1 quilo, poderiam ser evitados 100 mil novos casos. (AG)

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