Quinta-feira, 23 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de junho de 2019
Nesta quarta-feira (5), a rainha Elizabeth 2ª se juntou a líderes mundiais, incluindo Donald Trump e Angela Merkel, para marcar o 75º aniversário do Dia D, a maior invasão marítima da história e um feito que ajudou a encerrar a Segunda Guerra Mundial.
A rainha, o príncipe Charles, presidentes e primeiros-ministros aplaudiram em pé os veteranos, que vestiam casacos cheios de medalhas. Os ex-militares estavam em um palco gigante, e um filme dos desembarques na Normandia foi exibido.
“Todos nós tínhamos um papel a desempenhar – eu não estava nervoso – eu estava apreensivo como todos os outros”, disse Bert Edwards, recontando seu papel há 75 anos como marinheiro do navio HMS Bellona, da Marinha Real Britânica.
“É algo que acontece uma vez na vida e deixa você um pouco orgulhoso por participar”, disse, durante o filme.
O evento é também um dos últimos compromissos da visita de Estado de três dias de Donald Trump ao Reino Unido.
“Há setenta e cinco anos, nesta quinta-feira (6), corajosos americanos e patriotas britânicos partiram desta ilha rumo à batalha mais importante da história”, disse Trump em entrevista coletiva em Londres na terça-feira.
“Eles avançaram desde navios e aviões, arriscando tudo para defender nosso povo e para garantir que os Estados Unidos e a Grã-Bretanha permanecessem eternamente soberanos e livres para sempre”, completou.
O presidente francês, Emmanuel Macron, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, a chanceler alemã, Angela Merkel, e figuras importantes de outros dez países também compareceram.
“Ao nos unirmos para homenagear aqueles cuja bravura e sacrifício nas praias da Normandia marcaram um ponto de virada na Segunda Guerra Mundial, nós nos comprometeremos a nunca esquecer a dívida que temos com eles”, disse May.
Na madrugada de 6 de junho de 1944, mais de 150 mil soldados aliados partiram de Portsmouth e arredores para começar o ataque aéreo, marítimo e terrestre à Normandia, que levaria à libertação da Europa ocidental do regime nazista.
Na época do desembarque na Normandia, as forças soviéticas vinham combatendo a parte leste da Alemanha por quase três anos, e o presidente do Kremlin, Josef Stalin, havia instado o primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, a abrir uma segunda frente em agosto de 1942.
A invasão, de codinome Operation Overlord e comandada pelo general norte-americano Dwight D. Eisenhower, continua sendo o maior ataque anfíbio da história: envolveu quase 7.000 navios e embarcações ao longo de um trecho de 80 quilômetros da costa francesa.
Pouco depois da meia-noite, milhares de paraquedistas se lançaram. Depois veio o bombardeio naval das posições alemãs sobre a costa. Por fim, a infantaria chegou às praias.
Soldados americanos, britânicos e canadenses chegaram à terra firme enquanto a infantaria alemã tentava matá-los com metralhadoras e artilharia. Sobreviventes dizem que o mar estava vermelho de sangue e o ar fervendo com o estrondo das explosões.
Milhares foram mortos em ambos os lados. Cruzes brancas homenageiam os mortos em cemitérios do norte da França.
Na noite de quarta-feira, cerca de 300 veteranos que participaram do Dia D, todos com mais de 90 anos, deixarão Portsmouth em um navio e farão novamente a viagem de 1944 pelo Canal da Mancha.
Enquanto isso, na Normandia, as tropas britânicas de assalto aéreo, os paraquedistas do Exército francês e os veteranos do Dia D recriarão os desembarques aéreos.
O evento coincide com o último dia da visita do estado de Trump ao Reino Unido. O presidente americano pediu que os aliados da Otan passem a gastar mais em defesa, dizendo que eles não têm escolha senão cumprir a meta da Otan de reservar pelo menos 2% do PIB nesta área. O Reino Unido é um dos poucos membros da OTAN que cumprem a meta.