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Brasil Bolsonaro fala em diferença absurda entre seu ministério e os de outras gestões

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Os ministros do STF são indicados pelo presidente da República, mas os nomes devem ser aprovados pelo Senado. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou no sábado (22) que “pela primeira vez na vida estão vendo que um presidente está honrando o que prometeu durante a campanha”. Bolsonaro também fez uma defesa dos nomes escolhidos para compor os ministérios e as empresas públicas. As informações são do jornal Correio Braziliense.

“Você não vê briga por ministério, por estatais, por bancos oficiais. Olha a Caixa Econômica: o presidente era de um partido, os vices, de outro, a superintendência, de outros”, comentou Bolsonaro. “Ali, cada um tinha um nicho. E o que eu mais ouço falar, de pessoal mais tranquilo, parlamentar antigo, é que hoje tem acesso a todos os ministérios”, acrescentou.

Bolsonaro disse ainda que, em outros governos, os parlamentares tinham acesso apenas a ministérios ligados ao seu próprio partido. O presidente também citou a “diferença absurda” entre seus ministros e os ocupantes de ministérios em outras administrações. Ele citou, para ilustrar a ideia, os ministros da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, e da Agricultura, Tereza Cristina.

“Se eu ligar pra qualquer um deles agora, logicamente que todos eles me atendem, a não ser que não seja possível, e até de cabeça eles respondem as dúvidas que eu tenho, que são muitas”, disse Bolsonaro. “E isso me dá tranquilidade. Tenho que confiar no meu ministério.” Continua depois da publicidade

Bolsonaro afirmou que, no passado, havia até mesmo uma “lista de fidelidade” de parlamentares, em que o governo sabia se determinado parlamentar estava ou não votando com a situação. “É isso o que a gente quer mudar. O Brasil é para todos nós. Não é nenhuma maldade. Tem muito deputado e senador competente, mas essa maneira de fazer política não deu certo”, afirmou.

Comando dos Correios

A privatização dos Correios voltou ao debate nesta semana. O presidente Jair Bolsonaro anunciou sexta-feira (21) que o general Floriano Peixoto deixou o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência e assumirá a empresa nos próximos dias, cumprindo a missão de tocar a venda da estatal.

Bolsonaro admitiu, no entanto, que não há um prazo estipulado para a privatização. “Não depende da gente, depende do Congresso. Está no radar, mas o trabalho de Peixoto é recuperar os Correios. Tentaremos suprir o que foi retirado dos funcionários nas péssimas administrações passadas”, disse.

O general Floriano Peixoto, por sua vez, evitou falar em privatização e ressaltou que trabalhará para resgatar a “credibilidade” e fortalecer os indicadores financeiros dos Correios. “Como isso acontecerá, cabe ao presidente da República. Minha missão é continuar a desenvolver a empresa.” Ele assume o posto no lugar do também general Juarez Aparecido de Paula Cunha, demitido em público por Bolsonaro na semana passada.

A privatização está nos planos do governo para o enxugamento da máquina pública. Os Correios vêm acumulando prejuízos, além do deficit no avanço da tecnologia das comunicações. Há problemas também no fundo de pensão da empresa, o Postalis, alvo de um processo que apura corrupção. Na sexta-feira (21), a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) condenou ex-dirigentes, operadores financeiros e um banco a pagar multas de mais de R$ 120 milhões pela realização de operação fraudulenta no mercado, além da proibição de atuarem no mercado de capitais por cinco anos e oito meses. Segundo a Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar), entre 2012 e 2017, foram aplicados ao Postalis 43 autos de infração. Na Petros (Petrobras) foram 28; na Funcef (Caixa), 13; no Previ (Banco do Brasil), três.

Para Ilan Arbetnan, analista financeiro da Ativa Investimentos, o governo tem priorizado a diminuição da participação nessas firmas.“Há um foco no desinvestimento. Temos visto isso na Eletrobras e na Petrobras. Na semana passada, por exemplo, houve uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que deu liberdade para a Petrobras decidir sobre a venda de ativos”, afirmou. “Os Correios necessitam de uma reviravolta, pois sabemos que não estão nos melhores dias, tanto na questão operacional quanto na logística.”

Arbetnan disse ainda que vê de maneira positiva a ideia de privatização, mas frisou ser necessária cautela. “É positivo, mas é bom ter calma porque o próprio Floriano não falou sobre privatização. O excesso de trocas de presidente gera desconfiança. Mas o mercado financeiro vê com bons olhos uma governança corporativa mais forte por ente interno privado”, destacou. “Como o presidente é novo, leva tempo até ele se adequar. No entanto, a ventilação da possibilidade de privatização e o fato de o governo ter tomado ações críveis e concretas servem como sinalização positiva para o mercado.”

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https://www.osul.com.br/bolsonaro-fala-em-diferenca-absurda-entre-seu-ministerio-e-os-de-outras-gestoes/ Bolsonaro fala em diferença absurda entre seu ministério e os de outras gestões 2019-06-23
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