Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
26°
Partly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Entidades de defesa ao consumidor reagiram ao ato do Bolsonaro que permite liberar dados de beneficiários do INSS ao setor privado, inclusive de idosos em condição de vulnerabilidade

Compartilhe esta notícia:

(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Entidades de defesa ao consumidor reagiram ao veto do presidente Jair Bolsonaro que flexibilizou o compartilhamento de dados de beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) com o setor privado, na MP (Medida Provisória) 871, aprovada no dia de 18 de junho.

Uma das consequências do veto é que ele pode deixar a porta aberta para que companhias usem dados de idosos em condição de vulnerabilidade para fazer ofertas agressivas de empréstimo e crédito, dizem especialistas.

Batizada de MP do pente-fino, a lei estabelece novas regras para acesso a benefícios como aposentadoria rural, auxílio-reclusão e salário-maternidade. Bolsonaro vetou artigo que proibia a possibilidade de bancos e sociedades com contratos ligados ao INSS usarem as informações para fazer marketing.

As empresas, muitas vezes, ofertam serviços em linguagem que os beneficiários nem compreendem, por isso surgem fraude e endividamento. A MP [sem o veto] reconhecia a situação de vulnerabilidade”, disse o advogado e professor Renato Leite Monteiro.

Uma das justificativas do governo para o veto é que já há uma lei que versa sobre a proteção de dados pessoais, que entra em vigor em agosto de 2020. A lei diz que o uso compartilhado de dados pelo Poder Público deve ocorrer para fins específicos que tenham relação com execução de políticas públicas.

“Não é política pública. É captar clientela com base em dados do INSS de uma população influenciável”, disse Danilo Doneda, do Instituto Brasiliense de Direito Público. No Congresso, deve haver articulação para que presidente repense o veto.

O senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL) diz que tentará, nesta semana, “comunicar de forma mais clara” os riscos que idosos sofrem pelo marketing guiado por informações do INSS. Em recente audiência pública, o presidente do INSS, Renato Vieira, apresentou estatísticas sobre fraudes e destacou pontos importantes da MP – justamente os vetados pelo governo.

Agências reguladoras

Bolsonaro sancionou com vetos, nesta terça-feira (25), o novo marco legal das agências reguladoras, informou a assessoria do Palácio do Planalto. Segundo o Planalto, Bolsonaro vetou trecho do projeto que determinava a elaboração de uma lista tríplice para que o presidente indicasse os dirigentes das agências. A sanção com vetos será publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (26). O veto poderá ser mantido ou derrubado pelo Congresso.

Agências reguladoras são órgãos que exercem fiscalização, regulamentação e controle de determinados produtos e serviços de interesse público. Cabe ao presidente da República indicar diretores de agências e, ao Senado, confirmar as indicações.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

O preço da gasolina em Porto Alegre está caindo há seis semanas, disse a Agência Nacional do Petróleo
Europa vive onda de calor inédita e espera temperaturas de mais de 40°C
https://www.osul.com.br/entidades-de-defesa-ao-consumidor-reagiram-ao-ato-do-bolsonaro-que-permite-liberar-dados-de-beneficiarios-do-inss-ao-setor-privado-inclusive-de-idosos-em-condicao-de-vulnerabilidade/ Entidades de defesa ao consumidor reagiram ao ato do Bolsonaro que permite liberar dados de beneficiários do INSS ao setor privado, inclusive de idosos em condição de vulnerabilidade 2019-06-25
Deixe seu comentário
Pode te interessar