Domingo, 29 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 30 de junho de 2019
A Nasa ainda não definiu quando exatamente lançará o Telescópio Espacial James Webb, mas, ao que parece, ele já tem uma primeira parada como ponto inicial dos estudos sobre o universo: Saturno.
Esse exótico planeta do Sistema Solar já foi alvo de pesquisas no passado, quando a sonda Cassini passou 13 anos de olho nele. Apesar de ser muito tempo, existe uma explicação para o fato de ainda se desejar saber mais e não ser possível levantar dados com tanta rapidez.
A Cassini chegou por lá quando era verão no hemisfério sul. O problema é que cada temporada em Saturno corresponde a algo em torno de 7 anos terrestres; ou seja, 1 ano em Saturno representa quase 30 anos por aqui. Logo, o período de estudos precisaria, de fato, ser muito mais extenso.
A ideia de enviar o Telescópio Espacial James Webb é reforçada tanto por essa dificuldade de analisar as mudanças em um prazo hábil quanto pelas informações enviadas pela Cassini, que despertaram ainda mais a curiosidade dos astrônomos sobre esse gigante gasoso. Uma situação especial, por exemplo, foi uma tempestade que cobriu o planeta em 2011.
Telescópio Espacial James Webb
A esperança dos cientistas está no poder e na tecnologia do Telescópio Espacial James Webb, que será capaz, por exemplo, de identificar e analisar os alvos a partir de infravermelho médio, algo que ele conseguirá fazer com uma sensibilidade muito maior, em termos de qualidade e detalhes, do que qualquer outro observatório que já foi construído.
Em outras palavras, isso quer dizer que o telescópio poderá identificar determinada classe de planetas até então não detectada, por isso, além de Saturno, os astrônomos aproveitarão o James Webb para pesquisar orbes recém-formados e analisar os sistemas nos quais orbitam. O Telescópio Espacial James Webb será lançado em 2021 se não houver outro adiamento.
Leilão
A casa de leilões Sotheby’s de Nova York colocará à venda no dia 20 de julho as fitas de vídeo que estão em melhor estado com as imagens da chegada da missão espacial Apollo 11 à Lua e dos primeiros passos do homem no satélite natural da Terra, com o objetivo de comemorar o aniversário de 50 anos deste evento histórico.
“Este é um pequeno passo para o homem, mas um grande salto para a humanidade”, disse o astronauta Neil Armstrong no momento em que pisou na Lua, como mostram as duas horas e 24 minutos das três fitas combinadas, que também incluem a chamada de longa distância para o presidente dos Estados Unidos na época, Richard Nixon, e hasteamento da bandeira americana.
As três fitas – que não foram restauradas, nem aumentadas ou remasterizadas – são as únicas restantes da primeira geração de gravações do passeio lunar e são mais nítidas do que as imagens que sobreviveram às transmissões pela televisão de então, as quais perderam qualidade, tanto de vídeo como de áudio.
As fitas foram compradas diretamente da Nasa em um leilão em 1976 por US$ 217,77 (R$ 835 atualmente) pelo colecionador Gary George, um estudante de engenharia na época que trabalhava como estagiário na Nasa e que comprou um lote de 65 caixas de fitas com a intenção de gravar por cima do conteúdo.