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Brasil Ministros do Supremo ironizam a decisão do Conselho Nacional do Ministério Público de não investigar o procurador da Operação Lava-Jato Deltan Dallagnol

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(Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados)

A nova leva de mensagens da Operação Lava-Jato, revelada no domingo (14) pelo The Intercept, fez integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal) ironizarem membros do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) que avalizaram as palestras de Deltan Dallagnol como legais e filantrópicas. Parte do colegiado foi questionada por ministros se o material não deixa claro que o procurador é mesmo um exemplo de “abnegação” e “espírito público”. Os diálogos mostram planos para obter lucros.

Integrantes do CNMP que já planejavam reabrir investigação sobre Dallagnol por suposta dobradinha com o ex-juiz Sérgio Moro agora dizem que é inevitável levar também o tema das palestras à reavaliação do órgão.

Segundo as mensagens, o procurador articulou com um colega a criação de empresa de palestras no nome de suas mulheres para evitar questionamentos legais. Nos diálogos, Dallagnol diz ter recebido cerca de R$ 400 mil líquidos em um ano. As revelações também dão nova carga ao debate em torno da criação de uma fundação administrada pelo MPF com R$ 2,5 bilhões recuperados da Petrobras.

Ministros do Supremo passaram o domingo reavaliando os termos do trato, já suspendido cautelarmente pela corte, à luz da nova publicação de diálogos. Em representação ao CNMP, o PT pede apuração das relações de Dallagnol com três empresas que organizam palestras. Solicita ainda o afastamento do procurador e de seu colega Roberson Pozzobon por 120 dias ou a abertura de processo disciplinar contra ambos.

Reunião

O então juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol marcaram uma reunião com a PF (Polícia Federal) para discutir prioridades da Lava-Jato e para tratar de novas fases da operação, segundo mensagens divulgadas nesta segunda-feira (15).

O diálogo, revelado pelo jornalista Reinaldo Azevedo, na rádio BandNews, e pelo site The Intercept Brasil, aconteceu em 2015, segundo ano da Lava-Jato. “Quando seria um bom dia e hora para reunião com a PF, aí, sobre aquela questão das prioridades? Sua presença daria uma força moral nessa questão da priorização e evitaria parecer que o MPF quer impor agenda”, diz Deltan.

Moro respondeu à época que não teria tempo. Mais de um mês depois, em outubro de 2015, Deltan voltou a sugerir o encontro: “Seria possível reunião no final de segunda para tratarmos de novas fases, inclusive capacidade operacional e data considerando recesso? Incluiria PF também”. Desta vez Moro disse que o encontro “seria oportuno”.

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