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Por Redação O Sul | 18 de julho de 2019
A região Sul terminou o primeiro semestre de 2018 com um total de 8,30 milhões de consumidores inadimplentes, o que corresponde a 37% da população adulta do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, de acordo com estudo realizado pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). Na comparação entre junho de 2019 e o mesmo mês de 2018, foi registrada elevação de 1,79% no número de pessoas físicas com CPF restrito para fazer compras a prazo ou contratar crédito.
Na avaliação da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul – FCDL-RS, a inadimplência do consumidor, de um modo geral, dá sinais de desaceleração, mais ainda mostra o resultado desastroso do período de recessão econômica que o país viveu nos últimos anos.
O presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch, entende que o total de inadimplentes crescer de forma mais modesta é um fator positivo, acompanhando a lenta recuperação da economia. Ainda assim, ele analisa que existe um grande número de pessoas com contas em atraso e que enfrentam dificuldades em voltar ao mercado de crédito e isso precisa ter uma solução urgente.
– As expectativas positivas que tínhamos no início de 2019 ainda não se confirmaram e isso se reflete na dificuldade que a população enfrenta para quitar seus débitos. Isso nos leva a crer que a inadimplência deve recuar apenas a partir do final de 2019, início de 2020, quando, esperamos, existam condições que favoreçam a retomada econômica do país – avalia Vitor Augusto Koch.
O levantamento do SPC Brasil e da CNDL mostra que o valor médio da dívida do brasileiro se manteve praticamente estável na passagem de maio para junho. Somando todas as pendências, cada consumidor inadimplente deve, em média, R$ 3.252,70, cifra -0,4% inferior ao constatado no mês anterior (R$ 3.239,48). O valor representa quase três vezes e meia o salário mínimo no país (R$ 998,00). Em média, cada devedor tem duas contas em aberto.