Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 22 de julho de 2019
A Procuradoria do condado de Clark, Estado norte-americano de Nevada, não irá acusar criminalmente Cristiano Ronaldo no suposto caso de estupro na cidade de Las Vegas, em 2009. A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (22).
“Com base numa reavaliação da informação apresentada a esta data, as alegações de agressão sexual contra Cristiano Ronaldo não podem ser provadas para além de dúvida razoável. Por esse motivo, não será apresentada uma acusação”, diz o comunicado.
O documento diz ainda que a alegada vítima recusou identificar o suposto agressor ou o local do crime em 2009, o que fez com que “os investigadores não pudessem procurar provas vitais”.
“Provas em vídeo, mostrando as interações entre a vítima e o agressor antes e após o alegado crime, se perderam. Durante um período de oito anos, a polícia não ouviu nada mais da vítima sobre o crime ou o agressor. E a investigação criminal foi encerrada”, diz outro trecho do comunicado da procuradoria, se referindo a celebração de um acordo extrajudicial entre a suposta vítima e Cristiano Ronaldo, que sempre negou o estupro.
Relembre o caso
O caso veio à tona novamente no ano passado, após uma publicação da revista alemã Der Spiegel, que abordou o assunto quando a americana Kathryn Mayorga apresentou o processo à Justiça do Condado de Clark, onde fica a cidade de Las Vegas. A revista publicou uma entrevista com Mayorga, que apontou que ficou em silêncio durante esse tempo por ter assinado um documento prometendo não divulgar a história.
No processo, Mayorga diz que encontrou CR7 no hotel Palms, em 12 de junho de 2009 – antes mesmo de o jogador se transferir do Manchester United para o Real Madrid – e a convidou com outras amigas a irem a sua cobertura no local. No apartamento, teria oferecido camisetas e shorts para que todas entrassem em uma jacuzzi e atacado Kathryn quando ela estava trocando de roupa.
Cristiano teria pedido para que a jovem fizesse sexo oral com ele, e, após receber uma resposta negativa, teria a levado para um quarto e a estuprado, enquanto ela gritava “Não, não, não”. A acusação ainda diz que o jogador apenas pediu desculpas após o ato e, na sequência, ofereceu US$ 375 mil pelo silêncio de Kathryn – que teria assinado um contrato para receber o valor.
A intenção do processo seria justamente anular esse documento, acusando CR7 de se aproveitar da fragilidade emocional de Mayorga para obrigá-la a fazer o acordo. Ela estaria sendo auxiliada por um novo advogado, que a convenceu a trazer o caso de volta à tona.
Os advogados do craque classificaram a entrevista como “violação de direitos pessoais” do cliente e “é inadmissível quanto a sua privacidade”. O próprio Cristiano Ronaldo se posicionou em transmissão ao vivo no Instagram, afirmando que se tratavam de notícias falsas e que “as pessoas queriam se promover através de seu nome”.