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Por Redação O Sul | 29 de julho de 2019
Um novo levantamento, realizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), apontou que o Brasil desativou 15,9 mil leitos de internação pediátrica, para crianças que precisam permanecer no hospital por mais de 24 horas. O Rio Grande do Sul foi o segundo estado com maior queda, fechando 251 leitos, e perdendo apenas para São Paulo, com 762 unidades encerradas.
De acordo com os dados do Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES), em maio de 2010, o país tinha 48,8 mil leitos no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2009, o número baixou para cerca de 35 mil, uma queda aproximada de quatro leitos por dia. No mesmo período, a redução também ocorreu nas unidades privadas, que perderam cerca de 2.130 leitos.
A presidente da SBP, dra. Luciana Rodrigues Silva, afirma que as informações coincidem com o panorama de limitações de materiais e infraestrutura precária que se apresenta para os que atuam na assistência pediátrica.
Segundo os dados, ao todo, os estados das regiões Nordeste e Sudeste foram os mais prejudicados com as reduções. Enquanto no Nordeste foram encerrados 5.314 leitos, no Sudeste foram 4.279.
UTI Neonatal
Ainda de acordo com o levantamento da SBP, no Brasil nascem 38 prematuros por hora, e muitos não estão completamente desenvolvidos, precisando permanecer em tratamento intensivo. No entanto, faltam pelo menos 2.657 leitos intensivos neonatais em todo o país. A proporção de leitos de UTI neonatal é de quatro para cada grupo de mil nascidos vivos. Luciana Rodrigues afirma que é natural que a necessidade de leitos de UTI neonatal mude em função do número de nascidos vivos de cada localidade. No entanto, a distribuição é desproporcional levando em conta a frequência de nascimentos prematuros ou de baixo peso em cada região.