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Brasil Exportações para o gigante asiático aumentaram nos últimos anos, e hoje a China já é o maior importador de soja, frango e suíno do Brasil

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A soja é um dos produtos em destaque. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

O crescimento da economia chinesa nos anos 2000 aqueceu a demanda por commodities no mundo, e o Brasil foi um dos países mais beneficiados com o aumento da procura por minério de ferro e soja. De lá para cá, a relação comercial entre brasileiros e chineses ganhou musculatura. A China já é o maior importador de soja, frango e suíno no Brasil. As informações são do jornal Estado de S. Paulo.

“Em 2000, a China representava 2,7% das exportações do agro brasileiro. Em 2017, a participação chinesa foi de 27,7% e, no ano passado, atingiu 35,5%”, diz o coordenador do Centro de Agronegócio da FGV (Fundação Getulio Vargas), Roberto Rodrigues, que esteve à frente do Ministério da Agricultura entre 2003 e 2006. “O crescimento do comércio entre os dois países tem sido espetacular”, comenta.

De acordo com os dados do Ministério da Economia, em 2009 a China se tornou o principal parceiro comercial do Brasil, superando os Estados Unidos. Por um lado, a demanda chinesa impulsionou os investimentos no campo. Por outro, o Brasil é um dos poucos países do mundo com capacidade para aumentar a produção de alimentos – com sustentabilidade – para atender à população da potência asiática.

Além disso, os aportes da China no Brasil só têm aumentado nas últimas décadas. Segundo o boletim de investimentos estrangeiros no Brasil, elaborado pela Secretaria Executiva da Camex (Câmara de Comércio Exterior), desde 2003 a China é também o maior investidor em solo brasileiro e ultrapassou os Estados Unidos. Até hoje, os chineses investiram US$ 71 bilhões, enquanto os ianques desembolsaram US$ 58 bilhões.

Apesar da desaceleração chinesa – no segundo semestre do ano passado, o PIB (produto interno bruto) do país registrou um crescimento de “apenas” 6,2%, o mais baixo desde 1992 –, o comércio entre chineses e brasileiros continua a todo vapor. E as perspectivas são positivas.

Segundo Charles Tang, presidente da CCIBC (Câmara do Comércio e Indústria Brasil-China), até 2030 mais de 600 milhões de chineses entrarão na classe média. O ingresso neste estrato da pirâmide social significa uma mudança no perfil de alimentação, com maior consumo de carnes, o que favorece o campo brasileiro.

Destaques

No ano passado, três produtos foram destaque no comércio entre Brasil e China no agronegócio: soja em grãos, celulose e carne bovina in natura. De acordo com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a soja em grãos representou 76,8% da exportação total de produtos agropecuários àquele país, totalizando US$ 27,3 bilhões em 2018.

A guerra comercial entre China e Estados Unidos, aliada à quebra de safra da soja na Argentina, foi a responsável pelo aumento das compras chinesas do grão brasileiro. Segundo dados da Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais), em 2018 os embarques de soja tiveram um crescimento de 22,5% e totalizaram 82,9 milhões de toneladas.

Desse volume, 70 milhões de toneladas tiveram como destino a China. A demanda chinesa pela oleaginosa teve impacto direto no crescimento do setor. De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as lavouras de soja ocupavam uma área de 21,3 milhões de hectares no Brasil em 2008.

Naquela safra (2007/2008), a produtividade média brasileira foi de 46,9 sacas de soja por hectare, e a colheita da oleaginosa somou 60 milhões de toneladas. Dez anos depois, no ciclo 2017/2018, a área cultivada de soja no Brasil aumentou para 35 milhões de hectares, um acréscimo de 64,3%; a produtividade média saltou para 56,5 sacas por hectare; e a colheita registrou o recorde de 119,2 milhões de toneladas, quase o dobro.

No caso das carnes, a elevação da renda chinesa na última década repercutiu num aumento do consumo de proteínas. Em 2008, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) compilados pela Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), o Brasil enviou 210 toneladas de carne bovina para a China e obteve uma receita de US$ 626 mil.

Dez anos depois, em 2018, as remessas do produto somaram mais de 322 mil toneladas e trouxeram divisas ao País de US$ 1,4 bilhão, sendo o principal destino do produto brasileiro em termos de faturamento. No primeiro semestre deste ano, a China também foi o maior importador de carne suína (91,2 mil toneladas) e de frango (257,9 mil toneladas) do Brasil.

No caso do frango, o país ultrapassou a Arábia Saudita, que, por décadas, foi o principal destino do produto brasileiro. O aumento das compras está diretamente relacionado ao surto de PSA (peste suína africana), doença que tem levado os chineses a abater boa parte do plantel de suínos, a carne mais consumida no gigante asiático.

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