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Por Redação O Sul | 12 de agosto de 2019
A delegação brasileira conquistou, nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, encerrados no domingo (11), os três maiores objetivos que poderiam ser atingidos: quebrou o recorde de medalhas de ouro, levando 55, três a mais do que no Pan de 2007, no Rio; foi ao pódio como jamais havia feito, 171 vezes, 14 a mais do que a marca anterior; e encerrou o evento em segundo no quadro geral, atrás apenas dos Estados Unidos.
O feito repete o ocorrido há 56 anos, no Pan de São Paulo. Portanto, o Brasil fechou com 55 ouros, 45 pratas e 71 bronzes.
O COB (Comitê Olímpico do Brasil) não tinha colocado uma meta em número de medalhas ou de pódios, nem posição no quadro. Para a entidade que comanda o esporte no País, o importante era a conquista de vagas olímpicas e a melhora do desempenho da maioria dos esportes com relação a Toronto 2015. O País garantiu, pelo Pan, um lugar na Olimpíada no handebol, hipismo, tiro com arco, tênis de mesa, tênis, vôlei, pentatlo e vela, mas acabou sucumbindo no handebol masculino e no tiro esportivo.
Outro recorde interessante atingido pelo Brasil foi o de número de modalidades que foi ao pódio. O Brasil conquistou medalhas em 41. Nos títulos, foram 22 modalidades com ouros, repetindo as 22 de 2007. Com menos de 500 atletas, o Brasil se destacou muito mais em esportes individuais do que nos coletivos.
O carro-chefe do Brasil foi, pela quarta vez seguida, a natação. Da piscina de Lima vieram dez medalhas de ouro, e um total de 30 medalhas. A vela, sempre tão tradicional no País, conquistou cinco títulos em 11 possíveis, em um aproveitamento espetacular. Atletismo e ginástica (artística e rítmica), com seis e cinco douradas respectivamente, superaram o resultado ruim de Toronto 2015 e voltaram a colocar o País como potência no continente.
O que não faltou para o Brasil foram feitos inéditos. Primeiro título no badminton e nas águas abertas; primeiro ouro feminino no boxe, patinação, taekwondo e triatlo; primeira dobradinha do individual geral da ginástica; e primeiro pódio nos saltos ornamentais sincronizado.
Mas também teve a manutenção de hegemonias históricas. O handebol feminino conquistou o hexa-campeonato, e a ginástica rítmica, apesar de alguns erros, conseguiu trazer um ouro também pela sexta vez seguida. O revezamento 4x100m da natação manteve a tradição de não perder a prova: a última derrota foi em 1995, no Pan de Mar del Plata.
Nos Pans de 2007, no Rio de Janeiro, e de 2011, em Guadalajara, no México, a briga pela segunda posição foi com Cuba, com os caribenhos levando a melhor com uma grande quantidade de ouros nos últimos dias. Em Toronto 2015, não teve muito jeito: o Canadá ficou em segundo lugar com grande tranquilidade. Em Lima, o Brasil demorou alguns dias para deixar o México para trás e, nos últimos dias, segurou o ímpeto do Canadá, para se consolidar no segundo posto do quadro.
Os Estados Unidos mantiveram a hegemonia. Pela 16ª vez em 18 Pans, ficaram na frente no quadro de medalhas. Foram, ao todo, 117 ouros, 87 pratas e 83 bronzes, totalizando 287 pódios e a primeira posição no ranking.