Sexta-feira, 22 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 15 de agosto de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Para muitos, causou surpresa a notícia de que o déficit dos governos estaduais com os pagamentos de aposentadorias e pensões chega a 100 bilhões por ano. É mais uma prova da pouca transparência e o distanciamento da população sobre as contas públicas, mesmo que reiteradas vezes a Imprensa tenha divulgado.
Em relação ao Rio Grande do Sul, a conclusão é pior: em 1989, o economista João Sayad produziu um relatório, a pedido da Fiergs, em que projetou o rombo que ocorre hoje. Passaram-se 30 anos e as recomendações de Sayad dormem numa gaveta.
Deverá mudar
Os deputados estaduais estão convidados para reunião no Palácio Piratini, terça-feira, quando será apresentada a proposta de modificações no Código de Meio Ambiente do Estado. Criada em agosto de 2000, tem 246 artigos. O governo quer descomplicar.
Ninguém acima da lei
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou ontem projeto de lei que define os crimes de abuso de autoridade cometidos por servidores públicos e membros dos três poderes da República, do Ministério Público, dos Tribunais de Contas e das Forças Armadas. O artigo 5º da Constituição Federal é claro: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.”
Novo tempo
Não há lei perfeita, mas desamarrar as atividades econômicas da burocracia desnecessária foi um grande avanço estabelecido pela Câmara dos Deputados.
Provocação
Na sessão plenária de ontem, a deputada federal Fernanda Melchionna repetiu o estilo irreverente que a caracterizou como vereadora em Porto Alegre. Durante o debate sobre a lei de liberdade econômica, recomendou que muitos de seus colegas usassem o Óleo de Peroba. Criado em 1938, tornou-se popular. O nome até hoje é usado como gíria para “cara de pau”, insinuando que alguém é falso ou atrevido.
Portas abertas
O PSL fará evento nacional de filiação no sábado. Com o slogan “No dia 17, é 17”, buscará agregar figuras políticas e discutir as eleições municipais do próximo ano.
Jogo além da fronteira
O jornal Clarin, de Buenos Aires, avaliou a repercussão da eleição de domingo na Argentina: “Como se fosse sua. Foi assim que o governo brasileiro recebeu a esmagadora derrota do presidente Mauricio Macri”. Outra versão foi do jornal El País, de Madri: “O assunto foi um dos mais comentados no Twitter, com a esquerda comemorando a vitória como se fosse sua.”
Alto risco
As notícias falsas se espalham 70 por cento mais rapidamente do que as verdadeiras e alcançam número maior de pessoas. A conclusão é de um estudo sobre notícias mentirosas na Internet, realizado por cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e publicado na revista Science.
Jeito mineiro
Inteligente era Tancredo Neves: não marcava nem encontro pelo telefone. Mesmo assim, atendia pessoalmente as ligações, sem se identificar. Mudava a voz e perguntava com quem queria falar. Conforme o interlocutor, respondia que “o doutor Tancredo não está”.
Percebendo que era ele, uma repórter, mal contendo o riso, retrucou; “E quem está falando?” A resposta: “É o faxineiro”. A repórter elogiou: “Pela correção da linguagem e pelo tom de voz, acho que é um político experiente.” Tancredo cedeu: “Está bem, minha filha, vamos à entrevista. Gosto de gente inteligente.”
Cada vez mais
Não se conhece, precisamente, o momento em que a palavra fisiologismo entrou no dicionário político brasileiro. O que sabe é que ainda vai demorar muito para sair do repertório.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.