Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 21 de agosto de 2019
Após o sequestrador que fez 39 reféns no início da manhã desta terça-feira (20), em um ônibus na Ponte Rio-Niterói, ser morto por um atirador de elite, o presidente Jair Bolsonaro afirmou a jornalistas que “não tem que ter pena” quanto ao uso de atiradores de elite em ações policiais. Bolsonaro relembrou o sequestro do ônibus 174, no dia 12 de junho de 2000, no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio de Janeiro, quando uma vítima morreu durante a ação policial. Na ocasião, segundo o presidente, não houve o uso de atirador de elite pela Polícia Militar do Rio de Janeiro. As informações são do jornal O Globo.
“Não foi usado sniper. O que aconteceu? Morreu uma pessoa inocente, e depois esse vagabundo morreu no camburão. Os policiais do camburão foram submetidos a júri popular. Foram absolvidos por 4 a 3. Quase você condena dois policiais, condena a 30 anos de cadeia. Não tem que ter pena”, afirmou Bolsonaro.
Em seu perfil no Twitter, Bolsonaro deu parabéns aos policiais do Rio “pela ação bem sucedida que pôs fim ao sequestro do ônibus na ponte Rio-Niterói nesta manhã”. O presidente frisou que o criminoso foi “neutralizado e nenhum refém ferido. Hoje não chora a família de um inocente”.
Os filhos do presidente também se manifestaram. O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) comemorou o trabalho da polícia em seu perfil do Twitter: “O resgate da autoridade no Brasil está acontecendo. Respeitem os cidadãos ordeiros, respeitem nossos Policiais!”.
O vereador Carlos Bolsonaro seguiu o sentimento de seu pai e irmão e postou no microblog que celebra “o cumprimento da lei”, parabenizando os policiais.
“Como vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal do Rio de Janeiro celebro o cumprimento da lei e o fim do sequestro de ônibus com inocentes que estavam sendo ameaçados e aterrorizados por mais um bandido que colocava a população em risco.Parabéns Polícia!”, escreveu.
Não muito depois, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) se uniu aos outros.
“Esta sim foi uma grande atuação em prol dos direitos humanos. Ninguém tem o direito de sequestrar um ônibus e manter reféns sob o risco de morrerem incendiados. Parabéns aos policiais envolvidos e ao Sniper, os brasileiros de bem os aplaudem e os admiram por este ato heroico”, postou no Twitter.
Agentes do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) chegaram por volta de 7h ao ponto onde o sequestro ocorria. Um negociador e atiradores de elite vestindo máscaras ficaram posicionados no local. Além desses profissionais, a equipe do Bope tinha dois negociadores, um psicólogo, um médico e um gerente de crise. O sequestrador foi morto por volta 9h. Foram ouvidos seis ou sete tiros. Policias que estavam na ponte comemoraram.
Após o desfecho do caso, o governador Wilson Witzel chegou de helicóptero por volta das 9h40 na Ponte Rio-Niterói. Ao desembarcar, Witzel comemorou bastante e foi abraçar os policiais no local. Mais cedo, pelas redes sociais, o governador se manifestou sobre o sequestro do ônibus com reféns e disse priorizar a proteção dos reféns. A ação contou com a Polícia Rodoviária Federal e agentes do Batalhão de Operações Especializadas (Bope).
De acordo com informações divulgadas pela PM, havia 39 reféns dentro do ônibus. Nenhum deles ficou ferido. Seis deles foram libertados pelo sequestrador. Ele estava com uma arma de brinquedo, segundo o porta-voz da PM, Mauro Fliess. O bandido também levava um coquetel molotov.
A Viação Galo Branco informou que soube do sequestro por outro motorista, que seguia atrás do ônibus sequestrado. Ele ligou para a empresa avisando que viu quando o homem armado rendeu seu colega.