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Por Redação O Sul | 22 de agosto de 2019
Cerca de 52 milhões de brasileiros em idade produtiva se envolveram em atividade empreendedora no último ano, conforme a pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor), realizada em 49 países, dentre eles o Brasil. Mas como desenvolver e manter um negócio? Foi esse o debate trazido nesta quarta-feira (21) pelos convidados do Tá na Mesa da Federasul.
Os empresários César Saut, da Icatu Seguros e presidente da Rio Grande Seguros e Previdência, e Oliver Cunningham, sócio da KPMG no Brasil, ressaltaram a importância da formação da mão de obra e a necessidade de especialização. Em painel coordenado pelo economista e vice-presidente da Federasul, Fernando Marchet, os participantes destacaram questões que estão revolucionando os negócios, além de detalharem como as empresas estão sobrevivendo às mudanças no mercado.
A realidade de Israel foi abordada por Saut, para destacar a complexidade que uma sociedade pode atingir. “Trata-se de um verdadeiro ecossistema de inovação”, pontuou, se referindo a como o local pode ter um empreendedorismo crescente, mesmo em um cenário de guerras. Ele assinalou alguns fatores como essenciais: inovação permanente, gestão de pessoas, autocrítica e a famosa resiliência: “Os negócios são voláteis, incertos, complexos e ambíguos. Gente, somada à mercado, resulta em produto. O que hoje falta é humildade em reconhecer seus pontos negativos. Adaptabilidade e resiliência são as principais moedas de um negócio”, disse.
O sócio da KPMG, Oliver Cunningham, apresentou um panorama sobre o futuro dos negócios. Para ele, o destino das relações comerciais se dividirão em 16 plataformas que incorporarão os mais diversos setores, entre eles: hotelaria, saúde, serviços financeiros, educação e mobilidade. “A dica para os negócios está na verticalização e adoção de ferramentas tecnológicas e uso dos mais variados canais digitais”, destacou.
Na entrevista coletiva, que antecede o Tá na Mesa, Cunningham explanou sobre o “Distrito”, uma plataforma de consultoria e aprimoramento de startups e que visa moldar empreendedores, investidores e produtos a enfrentarem e adaptarem-se ao futuro. A plataforma, que resultou de estudo feito pela KPMG, conta com um banco de dados de mais de 420 startups do Rio Grande do Sul.
César Saut encerrou o encontro fazendo a plateia, em grande parte formada por empreendedores, pensar sobre o futuro do próprio negócio. “Olhem para o seu negócio e veja quem tem potencial para lhe substituir hoje?”, questionou.