Sexta-feira, 29 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 23 de agosto de 2019
Usuário ávido de redes sociais, especialmente o Twitter, o presidente americano, Donald Trump, entrou com pedido de revisão de uma sentença que o impedia de bloquear outros usuários. As informações são do jornal O Globo.
O veto ao botão “ bloquear ” foi decidido em primeira instância em maio de 2018, alegando que o presidente não pode impedir que as pessoas vejam o que ele está postando, dizendo que isso violaria a Primeira Emenda da Constituição, que trata da liberdade de expressão . A decisão foi confirmada por uma corte de apelações, no mês passado.
Nesta sexta-feira, o Departamento de Justiça entrou com pedido para revisar a decisão, dizendo que ela foi “fundamentalmente mal concebida”. Na época, os três juízes da Segunda Corte de Apelações de Nova York votaram a favor do bloqueio.
O Twitter não comentou. O presidente também não se pronunciou, nem por nota oficial, nem através de redes sociais.
Com 63 milhões de seguidores, agora nenhum deles bloqueado, Donald Trump usa o Twitter como uma de suas principais ferramentas de comunicação e mesmo de ações de governo. Um dos casos mais emblemáticos foi a demissão do então secretário de Estado, Rex Tillerson, em março do ano passado.
Segundo o Departamento de Estado, Tillerson não foi avisado sobre a decisão, e descobriu que estava sem emprego ao abrir o Twitter.
“Mike Pompeo, diretor da CIA, será nosso novo secretário de Estado. Ele fará um trabalho fantástico! Obrigado a Rex Tillerson por seu serviço. Gina Haspel será a nova diretora da CIA, e a primeira mulher a ser escolhida. Parabéns a todos”, escreveu Trump no Twitter.
Tillerson, que estava em viagem oficial pela África, retornou ontem aos Estados Unidos antecipadamente, alegando questões de saúde.
Um porta-voz do secretário demitido disse que Trump não falou pessoalmente com ele sobre a demissão.
“O secretário tinha toda intenção de permanecer por causa do progresso crítico feito em segurança nacional e outras áreas”, indicou Steve Goldstein, subsecretário de diplomacia pública do Departamento de Estado, em comunicado. “Ele sentirá muita falta dos colegas no Departamento de Estado, e os ministros do Exterior com quem ele trabalhou ao redor do mundo. O secretário não falou com o presidente, e não está a par das razões. Ele é grato pela oportunidade de servir, e acredita fortemente que o serviço público é um chamado nobre.”
As postagens do presidente também mexem com o mercado financeiro, nem sempre de maneira positiva. Nesta sexta-feira, uma série de mensagens sugerindo que as empresas americanas “saíssem da China” elevou os temores de que a guerra comercial entre Washington e Pequim pudesse se intensificar. Como resultado, o principal índice da Bolsa de Nova York despencou.