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Por Redação O Sul | 26 de agosto de 2019
Presentes com unidades próprias de atendimento e divulgação durante a 42ª Expointer, os três bancos estaduais de financiamento do Rio Grande do Sul mantêm boas expectativas para o evento. São eles o BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), o Badesul e o Banrisul.
Os dois primeiros estão instalados com suas equipes junto à Praça Central do Parque de Exposições Assis Brasil desde o sábado passado até o próximo domingo, totalizando nove dias de trabalho na maior feira do agronegócio da América Latina. Já o terceiro conta com uma casa no Parque de Máquinas. Confira, a seguir, os programas e linhas de financiamento disponíveis.
BRDE
O BRDE estima uma oferta de R$ 300 milhões em crédito para investimentos no agronegócio demandados durante a 42ª edição da feira. No ano passado, a demanda somou R$ 242 milhões. No Plano Safra 2019-2020, o BRDE opera com todos principais programas: Moderagro, Inovagro, Pronamp, Pronaf Agroindústria, Procap-Agro, Prodecoop, PCA, Moderinfra, ABC e Moderfrota.
Inovação do campo (taxa fixa de 7% ao ano com prazo de 120 meses), armazenagem em geral (taxa de 6% ao ano e prazo de 180 meses) e projetos de sustentabilidade no campo (taxa de 7% ao ano e prazo de 120 meses) são alguns dos destaques temáticos do agronegócio.
Além disso, o BRDE pretende oferecer recursos para projetos de energia sustentável e de turismo rural para a pequena agricultura familiar (taxa de 3% ao ano e prazo de dez anos). Embora a taxa Selic, que serve de referência para empréstimos e financiamentos, tenha caído a 6% ao ano, Leitzke considera que os empresários ainda estão receosos devido ao período conturbado de crise econômica pelo qual passa o país.
Badesul
A atuação do Badesul na Expointer 2019 se dará por meio de financiamentos direcionados à aquisição de tratores, colheitadeiras, implementos agrícolas, equipamentos de irrigação, açudes, correção de solos, armazenagem e outros fins para inovação e modernização do setor primário gaúcho. Atualmente, 45% da carteira ativa de financiamento do Badesul é de projetos do agronegócio.
Com foco na inovação e na sustentabilidade, a instituição busca impulsionar o desenvolvimento de uma agricultura moderna e de uma agroindústria competitiva. Os projetos captados durante o evento deverão ser principalmente para modernização, expansão e consolidação do agronegócio, entre as quais cabe destaque os investimentos em irrigação (Moderinfra), armazenagem (PCA) e aquisição de máquinas e implementos agrícolas (Moderfrota). São linhas para investimentos de longo prazo customizadas por tipologia de investimento.
O Badesul não cobra taxa de análise nas operações captadas para projetos de financiamento protocolados entre 5 de agosto e 6 de setembro. Outra condição especial ofertada durante a feira para clientes rating AA, A e B é a possibilidade da realização de operações de crédito em equipamentos isolados para os programas Pronamp, Moderfrota, Moderinfra, Fundo Clima e Inovagro (para energias renováveis) com garantia da alienação fiduciária das máquinas e prazo de cinco anos de amortização, sem carência.
As condições serão válidas para operações aprovadas até 16 de dezembro. O Badesul também apoia o desenvolvimento e a ampliação da olivicultura e da produção de noz-pecã no RS, através da disponibilização de financiamento.
Banrisul
O Banrisul financia todos os tipos de produtores – pequenos, médios e grandes, além de trabalhar com cooperativas e com empresas do setor. Para a 42ª Expointer, o banco oferecerá linhas de crédito operadas pelos programas Pronaf, Pronamp e Moderfrota, todos com recursos repassados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O banco também oferta recursos próprios, direcionados a investimentos em máquinas e equipamentos e compra de animais.
O banco garantirá a oferta de R$ 300 milhões. “O foco agora, é o agronegócio. Chegamos preparados para a maior Expointer da história, dando seguimento a um processo que começou em julho, com a abertura do ano agrícola”, diz Robson Oliveira Santos, superintendente executivo da Unidade de Crédito de Agronegócio.
Além disso, a queda da taxa Selic permite que as instituições financeiras busquem fontes alternativas de recursos para financiar o agronegócio. “O Banrisul tem estudado a possibilidade de financiamento com recursos próprios para não deixar os produtores desassistidos em épocas de recursos escassos do BNDES”, explica.
(Marcello Campos)