Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 20 de agosto de 2015
Ele correu 12 vezes a maratona de Nova York (EUA), atravessou os Estados Unidos de bicicleta, participou do Iron Man e da etapa amadora do Tour de France, mas desde março deste ano está confinado em uma cela de 12 metros quadrados em um presídio em Curitiba (PR). Este é Adir Assad, empresário de 62 anos e preso na 10 fase da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal.
Ele é acusado de ser um dos operadores do esquema de corrupção investigado na operação, ao utilizar suas empresas para firmar contratos de fachada com empreiteiras e intermediar o pagamento de propina em obras da Petrobras. Detido preventivamente, ele nega as acusações. O engenheiro civil, que se dedicava ao marketing e trouxe ao Brasil shows de estrelas da música mundial como Beyoncé e U2, diz que abandonou a atividade no final de 2007, para se dedicar ao esporte. “Eu queria ser o melhor atleta amador do País”, afirmou Assad, em audiência à Justiça em meados de julho. Vestia uma camiseta tipo fitness e um relógio digital. “Dei um break. Ficou meio sabática a minha vida.”
Empresas
O empresário afirma que deixou suas cinco empresas, da área de engenharia e marketing sob responsabilidade de seus sócios, Dario Teixeira e Sonia Branco, também denunciados sob acusação de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. As companhias, segundo o Ministério Público Federal, intermediaram o pagamento de cerca de 30 milhões de reais de propina em contratos da Petrobras, entre 2009 e 2012.