Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 20 de agosto de 2015
Operadoras de telefonia no Brasil pretendem entregar a autoridades, em dois meses, um documento com embasamentos econômicos e jurídicos contra o funcionamento do aplicativo WhatsApp, controlado pelo Facebook, disseram à agência de notícias Reuters três fontes da indústria. Uma das empresas do setor estuda também entrar com uma ação judicial contra o serviço. O questionamento a ser entregue à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) será feito contra o serviço de voz do WhatsApp, e não sobre o sistema de troca de mensagens disponibilizado no aplicativo.
A ideia é questionar o fato de a oferta do serviço se dar por meio do número de telefone móvel do usuário, e não através de um login específico como é o caso de outros softwares de conversas por voz, como o Skype, da Microsoft. “Nosso ponto em relação ao WhatsApp é especificamente sobre o serviço de voz, que basicamente faz a chamada a partir do número de celular”, disse a fonte, que assim como as outras falou anonimamente. “O Skype tem identidade própria, um login, isso não é irregular. Já o WhatsApp faz chamadas a partir de dois números móveis”, acrescentou.
Pirata
O argumento das operadoras é que o número de celular é outorgado pela Anatel e as empresas pagam tributos a cada linha autorizada. Ao jornal O Estado de S. Paulo, o presidente da Telefônica Brasil, Amos Genish, disse que o aplicativo “é uma operadora pirata”.
(AE)