Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 20 de setembro de 2019
O pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para afastar o procurador Maurício Gotardo Gerum do processo do sítio de Atibaia, na Operação Lava Jato, foi negado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), pela segunda vez, nesta quinta-feira (19).
No dia 15 de agosto, os desembargadores federais que compõem a 4ª Seção da Corte já haviam decidido por rejeitar a solicitação, mantendo o procurador Gerum. Após a recusa, a defesa de Lula entrou com recurso de embargos de declaração, onde questionava a decisão. As alegações desse embargo também foram negadas.
A defesa do ex-presidente reafirma, no pedido, que o procurador Gerum deve ser afastado por possuir parentesco com o procurador da República Diogo Castor de Mattos, que atua em primeira instância e subscreve a denúncia contra Lula, e também com o advogado Rodrigo Castor de Mattos.
Gerum, aponta a defesa, teria participação na negociação da delação premiada de Mônica Moura e João Santana, ouvidos como testemunhas na ação penal. A assessoria do advogado, no entanto, informou que ele não participou na negociação que resultou no acordo.
Em manifestação do MPF, ainda no primeiro julgamento, o órgão sugeriu que o recurso fosse negado. “A existência de parentesco entre o excepto e os irmãos Diogo e Rodrigo Castor de Mattos não demanda qualquer diligência ou dilação probatória, já que o excepto reconhece ser primo destes, ou seja, possui parentesco de quarto grau, o que não enseja impedimento”, diz em despacho.