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Por Redação O Sul | 24 de setembro de 2019
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), que é uma prévia da inflação oficial do País, ficou em 0,09% em setembro – bem próximo da taxa de 0,08% registrada em agosto –, informou nesta terça-feira (24) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O índice repetiu a taxa registrada em setembro do ano passado (0,09%).
“No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,60% e, em 12 meses, de 3,22%, o mesmo resultado registrado nos 12 meses imediatamente anteriores”, destacou o IBGE.
O grupo alimentação e bebidas registrou deflação de 0,34% em setembro e foi o que mais contribuiu para segurar o IPCA-15 em setembro, com impacto de -0,08 ponto percentual no índice geral. Os destaques de queda foram tomate (-24,83%), cenoura (-16,11%), hortaliças e verduras (-6,66%), frutas (-0,93%) e carnes (-0,38%).
O grupo artigos de residência também teve decréscimo no mês, de 0,40%. Dentro deste grupo, o IBGE destacou o comportamento do item eletrodomésticos, com baixa de 1,22% em setembro, invertendo o rumo tomado um mês antes, de alta de 2,21%.
No lado das altas, a maior alta foi nos preços de habitação 0,76%, com impacto de 0,12 ponto percentual no índice geral, pressionado principalmente pelo item energia elétrica (2,31%). Em setembro, está em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 1, em que há cobrança adicional de R$ 4 para cada 100 quilowatts-hora consumidos.
O custo da energia elétrica representou o maior impacto individual no índice de setembro (0,09 p.p.) e apresentou alta pelo 8º mês consecutivo. Com o aumento, a energia elétrica residencial acumula alta de 10,75% no ano e de 5,11% em 12 meses.
Já os preços do grupo transportes subiram 0,09%, vindo de uma queda de 0,78% em agosto. O resultado foi influenciado, principalmente, pela alta de 0,35% dos combustíveis. Os preços do etanol e do óleo diesel subiram, respectivamente, 2,15% e 0,58%, enquanto a gasolina teve recuo de 0,06%.
Meta de inflação e taxa de juros
A meta central de inflação deste ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância varia de 2,75% a 5,75%. A meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional. Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia, que foi reduzida na semana passada para 5,5% ao ano – a menor da série histórica do Banco Central, que começou em 1986.
Na ata da sua última reunião divulgada nesta terça-feira, o Copom (Comitê de Política Monetária) projetou inflação abaixo da meta para 2019 e 2020 e indicou novo corte nos juros básicos da economia.
Os analistas das instituições financeiras continuam projetando para o ano uma inflação abaixo do centro da meta central do governo, com uma taxa de 3,44% em 2019, segundo dados do boletim Focus do Banco Central. Para 2020, o mercado financeiro manteve a estimativa de inflação em 3,80%. No próximo ano, a meta central de inflação é de 4% e terá sido oficialmente cumprida se o IPCA oscilar entre 2,5% e 5,5%.
A previsão da maior parte do mercado, até o momento, é de que a taxa deve cair para 5% ao ano até o fechamento de 2019, mas há há bancos projetando uma queda maior, para 4,5% ao ano.