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Por Redação O Sul | 26 de setembro de 2019
Um dia depois da tranquila vitória sobre as paraguaias pelo grupo B da Copa América, a seleção brasileira feminina de basquete teve uma batalha duríssima na competição. Nesta quinta-feira (26), no Coliseu Roberto Clemente, em San Juan, Porto Rico, a equipe treinada pelo técnico José Neto mediu forças contra os Estados Unidos para definir a primeira posição do grupo e não se deu bem: derrota por 89 a 73. Apesar do revés, o Brasil já está garantido no Pré-Olímpico das Américas, e na semifinal da competição enfrenta o Canadá, primeiro colocado no grupo A.
O Brasil começou a partida com Tainá, Patty, Clarissa, Damiris e Débora. E para vencer um time que teve um saldo positivo de 171 pontos em três jogos, o quinteto, assim como todo o resto do time, teve o desafio de ser impecável. A rigor, não foi o que aconteceu. A defesa adversária sufocou o Brasil, e os 16 pontos de Damiris, destaque brasileiro, não foram suficientes para fazer frente ao rival peso-pesado. Quem também fez grande partida foi Erika, com 13 pontos, 5 rebotes e 2 roubos de bola.
Damiris e Diamond De Shields travaram um belo duelo particular no início, mas no conjunto, os Estados Unidos foram muito bem e logo desgarraram no placar. Incríveis 64% de aproveitamento nos arremessos de quadra. Erros do Brasil no setor ofensivo também pesaram na equação, e no fim, as americanas comemoraram a vitória. De Shields foi o destaque do jogo, com 19 pontos. Jordin Canada e Tina Charles também tiveram grandes atuações, com 15 pontos cada.
A Copa América em Porto Rico classifica os oito primeiros colocados entre dez seleções para o Torneio Pré-Olímpico das Américas, que acontece em novembro, ainda sem local definido. Então, neste torneio pré-olímpico, as quatro melhores têm vaga no Pré-Olímpico Mundial, que classifica para Tóquio 2020. Estados Unidos, atual campeão mundial, e Japão, por ser país sede, já estão garantidos na Olimpíada.
O jogo
As americanas começaram a partida mostrando o porquê de uma campanha tão sólida até aqui. Impuseram um ritmo forte, puxadas pela armadora Diamond De Shields. No lado brasileiro, quem chamou a responsabilidade foi Damiris, que comandou o ataque nos primeiros minutos. Patty Teixeira também apareceu bem. Só que alguns erros no setor ofensivo impediram que o Brasil fizesse frente no placar. As americanas brilharam na distribuição de bola e passaram a se apoiar na pivô Tina Charles. Ao fim do primeiro quarto, os Estados Unidos venciam por 24 a 16.
No início do segundo período, a mão quente das reservas da seleção americana infernizou a defesa brasileira. José Neto pediu atenção à parte defensiva mas em quadra, nada era capaz de parar os Estados Unidos. Com um forte jogo coletivo, ótima distribuição de bola e boa marcação sobre Clarissa, as americanas abriram vantagem em dígitos duplos. Damiris estacionou na produção ofensiva, mas Erika e Tati mantiveram a seleção sonhando. No intervalo, o Brasil perdia por 53 a 40.
Na volta do intervalo, o ritmo não teve a mesma intensidade do início do jogo, assim como a eficiência das equipes. Embora a dinâmica da partida tenha mudado, a soberania das americanas em quadra seguiu sendo uma regra. Bem marcada, Clarissa não conseguia aparecer, e do outro lado, os Estados Unidos voltavam a dominar o ataque com infiltrações cirúrgicas. Ao fim do terceiro quarto, a vantagem era de 72 a 52 para os Estados Unidos.
No último período o Brasil jogou sua melhor parcial, mas as americanas mantiveram a confortável vantagem. Enquanto De Shields desacelerava, quem regia as americanas era Jordin Canada. Clarissa surgia mais confiante, mas o bom momento não era suficiente para transformar a perspectiva brasileira no jogo. Erika também aparecia bem, mas no zerar do cronômetro, as americanas venceram por 89 a 73.