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Brasil Óleo em praias do Nordeste é petróleo e não é brasileiro, diz Ibama

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Na quarta-feira, as manchas chegaram ao Sergipe. (Foto: Adema/Governo de Sergipe)

No começo de setembro, manchas de óleo começaram a aparecer em praias do Nordeste. Segundo o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), a análise das amostras do óleo feitas pela Petrobras e pela Marinha revelou que a substância é petróleo e não é de origem brasileira. Em nota, a Petrobras afirma que o material encontrado não é produzido e nem comercializado pela empresa, mas não explica como a análise foi feita. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Desde que começaram a ser identificadas, as manchas já estão em pelo menos 105 locais de 46 municípios em oito Estados: Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.

Entre as praias atingidas estão alguns dos destinos turísticos mais famosos do Nordeste, como Pipa e Natal (RN), Carneiros, Porto de Galinhas e Boa Viagem (PE), e João Pessoa (PB).

A fauna também foi afetada pela presença do óleo. Em cinco Estados, foram encontradas mortas seis tartarugas marinhas e uma ave (Bobo-pequeno). Outras duas tartarugas foram resgatadas com vida.

O Ibama pediu ajuda da Petrobras para limpar as praias atingidas, e a empresa deve destacar cem funcionários para a função.

Em nota, o órgão aponta que a situação no Rio Grande Norte, Estado em que manchas foram vistas em pelo menos 43 localidades, está estável e que o grupo de comando das investigações foi transferido para o Maranhão, onde o surgimento de novas manchas já foi relatado em pelo menos dez locais.

As primeiras manchas apareceram no dia 2 de setembro em Pernambuco. Desde então, o CPRH (Agência Estadual de Meio Ambiente) está investigando em conjunto com a UEPE (Universidade Estadual de Pernambuco) a origem do petróleo. A hipótese é que o produto tenha sido descartado de forma ilegal em alto mar há mais de um mês. O ICMBio e a Marinha estão investigando o caso.

Eduardo Elvino, diretor de controle de fontes poluidoras da CPRH que estuda o problema desde o início em parceria com a UFPE, diz que será possível dizer com precisão onde ocorreu o vazamento ou o descarte do óleo dentro de no máximo 20 dias, o que poderá indicar qual foi a embarcação responsável.

Nessa investigação os pesquisadores utilizam o que Elvino chamou de modelagem matemática associada à análise de correntes marítimas e de direção e velocidade do vento. Com essas informações foi possível afirmar que as manchas de petróleo estão se deslocando 30 cm por hora.

Além disso, Elvino aponta que as manchas não seguirão, necessariamente, para a Bahia e o Sudeste. A tendência é que o óleo siga para o norte do país. No Nordeste, apenas o Estado da Bahia não foi afetado.

O Ibama orienta que banhistas e pescadores não entrem em contato com o óleo e que, se identificarem o material, notifiquem a prefeitura. Caso cidadãos encontrem animais com óleo, devem acionar órgãos ambientais. Esses animais não devem ser lavados e devolvidos ao mar.

Na quarta (25), as manchas chegaram a Sergipe. A praia de Ponta dos Mangues, no município de Pacatuba, amanheceu coberta pelo material.

A área atingida fica perto da reserva biológica de Santa Isabel, na cidade litorânea de Pirambu. Essa unidade de conservação é dos principais pontos do projeto Tamar, executado pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) que atua na preservação de espécies de tartarugas-marinhas ameaçadas de extinção.

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