Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 27 de setembro de 2019
O governo chinês desmentiu nesta sexta-feira as suspeitas que envolvem o país em um caso de espionagem dos fornecedores da empresa aeroespacial Airbus, como revelou na quinta-feira a AFP. “Posso garantir que a China defende com veemência a segurança das redes e se opõe a qualquer forma de ciberataque”, declarou o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Geng Shuang. As informações são do portal UOL.
“Ultimamente, vários artigos citaram ciberataques. Nos textos, sem nenhuma prova, desejam culpar a China e sujar sua imagem”, disse o porta-voz. “Isto não é profissional nem responsável”, completou.
A Airbus foi objeto nos últimos meses de ataques de hackers que tiveram como alvo seus fornecedores e e desejavam obter segredos comerciais, concluiu uma investigação da AFP com base em fontes das forças de segurança que falaram na condição de anonimato.
Várias fontes mencionaram um grupo chamado APT10, relacionado, segundo o governo dos Estados Unidos, com o serviço de inteligência chinês nos âmbitos militar e de inteligência econômica.
Algumas fontes afirmaram que os hackers desejavam documentos técnicos de certificação, provas oficiais que garantem que todas as partes de um avião cumprem os requisitos de segurança. A China tenta há vários anos estabelecer o seu primeiro avião de médio alcance, o C919, mas não consegue os certificados de segurança necessários.
Retomada das negociações
Autoridades dos Estados Unidos e da China vão retomar as negociações comerciais em Washington no dia 10 de outubro. A notícia anima os investidores, principalmente após os americanos anunciarem nesta sexta-feira (27), a exportação de mais 126 mil toneladas de soja para a China. A informação é do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Segundo o órgão, com o embarque, as vendas da semana para o gigante asiático somam 964 mil toneladas.
A boa fase entre os dois países em meio à guerra comercial é atribuída à informação de que a China deve manter as isenções tarifárias adicionais sobre a soja e carne suína dos EUA. Com essas notícias, o mercado opera com otimismo no pregão de sexta, com o dólar em alta. A notícia gera especulações no mercado agrícola sobre uma possível trégua na guerra comercial.
Sócio da MD Commodities, Pedro Dejneka comentou que a China teve uma compra política e conveniente. Ele analisa que, no curto prazo, acredita-se em algum tipo de “cessar-fogo” ou um acordo parcial entre os países, que daria impulso a Chicago mas faria com que os prêmios brasileiros caíssem. Dejneka afirma que as últimas conversas entre as superpotências ainda não trouxeram nada de concreto, e que o mercado só deve ser afetado com o possível acordo.