Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 21 de agosto de 2015
Deputados de dez partidos (PSOL, PSB, PT, PPS, PDT, PMDB, PR, PSC, Pros e PTB) divulgaram, nessa quinta-feira (20), um manifesto pedindo a saída de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara dos Deputados. No documento, que não divulga o nome dos parlamentares, é destacado que a denúncia é gravíssima, expõe o Parlamento brasileiro e “torna insustentável a permanência do deputado na presidência da Casa”.
Os congressistas afirmam no documento que há um robusto conjunto probatório e que a Procuradoria-Geral da República indica que Cunha se utilizou de requerimentos de informação para chantagear empresários em troca de propina.
“A diferença da condição de um investigado em inquérito da de um denunciado é notória. Neste caso, Cunha é formalmente acusado de ter praticado crimes. Agora com a denúncia do Ministério Público, a situação torna-se insustentável para o presidente, que já demonstrou utilizar o poder, derivado do cargo, em sua própria defesa”, afirmam os signatários.
O documento conclui que o exercício da presidência da Câmara requer equilíbrio, postura ética e credibilidade. Os parlamentares ainda “clamam pelo afastamento imediato do peemedebista”. “A responsabilidade de um dirigente maior, de uma das Casas do Poder Legislativo, é incompatível com as condições de denunciado.”
Deputados de oposição a Cunha, entre eles Ivan Valente (PSOL-SP), Chico Alencar (PSOL-RJ), Glauber Braga (PSB-RJ), Júlio Delgado (PSB-MG), Henrique Fontana (PT-RS) e Alessandro Molon (PT-RJ) concederam uma coletiva no Salão Verde da Casa, reforçando o pedido de destituição de Cunha.
Líder da bancada do PSOL na Câmara, Alencar afirmou que a denúncia contra Cunha torna insustentável sua permanência na presidência da Casa, acrescentando que os parlamentares “conclamam” pelo seu afastamento do cargo. (AE e Reuters)