Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 3 de outubro de 2019
A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro cumprem, nesta quinta-feira (3), cinco mandados de prisão em um desdobramento das investigações dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorridos em março de 2018.
Um dos mandados cumpridos foi contra o policial reformado Ronnie Lessa, acusado de participar dos homicídios, que já está preso na Penitenciária Federal de Porto Velho desde março. Os outros alvos da operação Submersus são a mulher de Ronnie, Elaine Lessa, o cunhado dele, Bruno Figueiredo, Márcio Montavano e Josinaldo Freitas, que foram presos na manhã desta quinta.
Eles são acusados de obstrução de Justiça, porte de arma e associação criminosa. Segundo a Polícia Civil, o grupo teria ocultado armas usadas pelo grupo de Ronnie, entre elas a submetralhadora HK MP5, que teria sido usada para matar Marielle e Anderson. De acordo com as investigações da Delegacia de Homicídios (DH) da capital fluminense, dois dias depois das prisões de Ronnie e do ex-policial Élcio de Queiroz (outro suspeito do crime), o grupo teria jogado as armas no mar. Sob o comando de Elaine Lessa, conforme a polícia, o armamento foi descartado próximo às ilhas Tijucas, na altura da Barra da Tijuca.
Para a DH, Montavano tirou uma caixa com armas de um apartamento no bairro da Pechincha, na zona oeste do Rio, levou-a até Freitas, que havia contratado o serviço de um taxista para transportá-la até o Quebra-Mar, de onde saiu o barco que levou o material até o oceano. Bruno Figueiredo é acusado de ajudar Montavano na execução do plano. Com o auxílio de mergulhadores do Corpo de Bombeiros e da Marinha, foram realizadas buscas no local, mas nada foi encontrado. A profundidade e as águas muito turvas dificultaram o trabalho, segundo a Polícia Civil.