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Brasil O ministro do Turismo diz que denúncia sobre as candidaturas laranjas do PSL é falsa

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A defesa de Marcelo Álvaro Antônio (foto) afirma que, no inquérito da PF, "não há um depoimento ou prova sequer que demonstre qualquer ilícito imputável ao ministro". (Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados)

Apesar de ter sido indiciado pela PF (Polícia Federal) e denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais por conta de candidaturas laranjas identificadas no PSL estadual nas eleições do ano passado, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, garante que é inocente. Nota divulgada pela defesa do ministro afirma que, no inquérito da PF, “não há um depoimento ou prova sequer que demonstre qualquer ilícito imputável ao Ministro”.

“A denúncia que não contém o mínimo narrativo exigido pelo processo penal é insuficiente e inepta, pois inviabiliza a compreensão da acusação e compromete o pleno exercício da ampla defesa”, acrescentou a nota divulgada na noite dessa sexta-feira pelo advogado de defesa do ministro, Willer Tomas.

Cumprindo agenda oficial na Argentina, Álvaro Antônio também negou as acusações em entrevista à Globo News. Ele afirmou que foi responsabilizado pelas candidaturas laranjas porque era presidente do PSL em Minas Gerais na época. O ministro alegou que a polícia entendeu que, por conta desse cargo, ele deveria ter ciência de tudo que acontecia no partido, o que seria impossível na época da campanha eleitoral, segundo ele. “A denúncia não é verdadeira. Não teve um elemento sequer contra a minha pessoa”, afirmou.

“Note que um partido, assim como as grandes corporações, bancos e etc, possui departamentos, setores responsáveis pelo trabalho técnico, de administração financeira e fiscalização contábil, exatamente porque nem mesmo os sócios, acionistas e presidente ou diretor têm a capacidade de certificar ou conhecer pessoalmente tudo o que se passa no âmbito dessas organizações. Se há alguma conduta ilícita, somente quem a cometeu deve ser responsabilizado”, reforçou a defesa de Álvaro Antônio.

O advogado do ministro ainda disse que, por não poder ter razões jurídicas, esta denúncia é “inepta e carece de justa causa em relação ao ministro”, “razão pela qual a defesa acredita que o judiciário irá apreciar de maneira isenta e rejeitá-la”.

Em abril, o ministro do Turismo afirmou que as denúncias partiam de “fogo amigo” de dentro de seu próprio partido, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. O ministro negou ter patrocinado qualquer esquema de candidaturas irregulares. Ele disse também que “em breve” as investigações iriam provar que ele “nunca patrocinou nenhum tipo de esquema em Minas’. “Como Deus é o justo juiz, vamos provar nossa total isenção, nossa total inocência”, afirmou.

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